A Comunidade Mundial de Meditação Cristã (CMMC)
A fim de sustentar a sua prática individual e diária, os meditantes juntam-se frequentemente a um grupo de meditação semanal. As reuniões decorrem basicamente da seguinte maneira: começam com um curto ensinamento sobre a meditação; segue-se um tempo de meditação e depois um tempo de partilha de experiências e comentários. O período de meditação silenciosa é o tempo forte e o objectivo essencial destas reuniões; é graças à meditação que muitas pessoas puderam aprofundar o sentido da presença de Cristo nas suas vidas e reconhecer os germens da contemplação que nelas habitam.
A Comunidade Mundial de Meditação Cristã foi criada em 1991 com o propósito de transmitir os ensinamentos de John Main sobre esta forma de oração. Existe um Centro Internacional em Londres e um conselho de direcção superintende a comunidade. O seu director espiritual é o P. Laurence Freeman OSB. O Centro Internacional publica um boletim trimestral, organiza todos os anos um Seminário John Main, dirige uma escola de formadores e coordena os centros de meditação espalhados pelo mundo.
Informações e contactos:
Para qualquer informação complementar sobre a WCCM e para assinar o boletim periódico NOTÍCIAS DE PORTUGAL queira contactar a coordenadora nacional:
GILDA MONTEIRO
Email: gilda.miragodinho.monteiro@gmail.com
Tm: 965.658.865
Centro internacional
WCCM International Office 32 Hamilton Road, London W5 2EH UK
Tel + 44 (0) 8570 4466 Fax + 44 (0) 8280 0046 Email: welcome@wccm.org
Internet
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O Logotipo da CMMC
As duas pombas - O símbolo das duas pombas empoleiradas na borda de um cálice ou de uma taça tem a sua origem na época mais alta da antiguidade. Existem profundas ressonâncias em numerosas culturas.
A imagem escolhida pela Comunidade Mundial inspira-se no painel de mosaicos do mausoléu Galla Placidia, uma das igreja paleocristãs de Ravena, que datam do séc. V, construída na origem para servir de túmulo imperial. Encontram-se antecedentes deste símbolo na arte romana e grega, mas as fontes mais antigas são provavelmente fenícias.
A pomba a beber é um arquétipo. É uma metáfora transcultural do sagrado. Na iconografia cristã, a associação com a água evoca o simbolismo místico da morte, nascimento e regeneração ou purificação pelo baptismo. A água é o antigo princípio feminino da natureza, associado às fases da lua e de todo e qualquer poder que dá vida. Enquanto néctar, é o símbolo grego da imortalidade, enquanto vinho torna-se no sangue de Cristo, na iconografia cristã.
A pomba é o símbolo cristão do Espírito Santo. Na mitologia grega, é o pássaro de Vénus, o pássaro do amor. Na arte cristã os sete dons do Espírito Santo têm sido representados sob a forma de pombas empoleiradas na Árvore da Vida ou bebendo nas águas da sabedoria e da vida eterna.
O cálice evoca o mistério do sacrifício, que está no centro da Eucaristia cristã, em que o Filho se oferece ao Pai no amor do Espírito Santo e une toda a criação na sua oblação. Encontra-se uma réplica evidente deste profundo símbolo espiritual na Upanishada Mundaka da tradição hindu:
“Dois pássaros, amigos inseparáveis, estão empoleirados na mesma árvore. Um deles come frutos, o outro observa-o em silêncio. O primeiro é a alma humana que, descansando nessa árvore, apesar da sua actividade sente tristeza pela sua falta de sabedoria. Mas olhando o poder e a glória do espírito superior liberta-se da tristeza”.
Aqui a dualidade dos dois pássaros sugere a unidade subjacente à vida activa e contemplativa existente em cada ser humano. Marta e Maria são duas irmãs inseparáveis na vida de todos aqueles que adoram Deus nas profundezas do seu espírito. Como diz John Main:
“Existe uma harmonia essencial entre o Ser e o Agir. Deus é actividade pura. A imobilidade pura não é inacção. É uma energia harmonizada que atingiu o mais elevado objectivo a que está destinada e, nessa harmonia, estão contidos o poder e o sentido de todo o movimento. A meditação é a realização do Ser, da acção pura. Não pode ser um estado meramente passivo, pois o que é ao mesmo tempo dinâmico e imóvel é, no cúmulo da acção, energia e consciência incandescente”.