A única forma de defrontar a complexidade das relações humanas é a simplicidade do amor. No amor, não julgamos, não competimos; aceitamos, reverenciamos e aprendemos a compaixão. Ao aprendermos a amar os outros, libertamos a alegria interior do ser que irradia, exteriormente, através de nós, tocando os outros por intermédio dos nossos relacionamentos. É por isso que as comunidades, as famílias e os casais não existem somente com vista à perfeição daqueles que participam nesses […] relacionamentos. Eles existem, também, para irradiar amor [...] para além de si próprios, irradiando alegria, essa simplicidade do amor para além deles próprios, para tocar todos os que com ele entram em contacto.
A visão de John Main sobre a comunidade humana foi a de que esta se torna possível pelo comprometimento que cada um de nós assume, em solidão, com o mais profundo relacionamento das nossas vidas, que é o relacionamento com Deus. É por isto que, aprendendo a amar os outros, adquirimos uma nova perspectiva da unidade da Criação e da simplicidade básica da vida. Vemos o que significa dizer que o amor cobre uma grande diversidade de pecados. O perdão é a força mais revolucionária e transformadora de que somos capazes. Ele ensina-nos que o amor é a dinâmica essencial de qualquer relacionamento: tanto do mais íntimo, do mais antagonístico, como do mais ocasional. É o carácter tão comum da nossa meditação diária que nos revela o quanto a via do amor é universal.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche ligeiramente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e ao fim do dia.
Depois da meditação….
“Juliana de Norwich”, Denise Levertov (no original: THE STREAM AND THE SAPPHIRE: Selected Poems on Religious Themes (New York: New Directions, 1997), p. 58.)
Ela viveu em tempos de trevas, tal como nós:
a guerra e a peste negra, fome, conflitos,
tortura, massacres. Conheceu
tudo isto, sentiu-o
com pesar, com tristeza,
sacudida como os homens sacodem
um pano ao vento.
Mas Juliana, Juliana ---
para ti me volto:
Agarraste-te à alegria, por entre as lágrimas, e o suor
rolou pela tua face como o sangue
que viste escorrer, em borbotos incontáveis,
como a chuva do beiral:
agarrada como um acrobata, pelos dentes, ferozmente,
a uma corda bamba tão fina como um fio de teia de aranha,
a tua certeza da misericórdia infinita, que testemunhaste
com os teus próprios olhos, com a tua visão exterior,
na tua pequena cela, com a visão interior,
no teu espírito ilimitado ---
desejamos partilhar esse conhecimento:
o Amor era o seu significado.
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