
“Espaço para Ser” (excerto) – John Main OSB, in "Luz Interior - O Momento de Cristo" (no original: MOMENT OF CHRIST - New York: Continuum, 1998 - pp. 92-93.)
Para nos conhecermos a nós mesmos, para nos compreendermos e […] para pormos, a nós e aos nossos problemas, em perspetiva, temos de estabelecer contacto com o nosso espírito. Toda a autocompreensão emerge de nos entendermos a nós próprios como seres espirituais e apenas o contacto com Espírito Santo universal nos pode dar a profundidade e o alento para compreender. […] O caminho para isto não é difícil. É muito simples. Mas exige, realmente, empenhamento. […] Tudo o que cada um de nós tem de fazer é ficar o mais quieto possível, de corpo e de espírito. […]
Aprender a meditar é aprender a abrir mão dos nossos pensamentos, ideias e imagens e descansar nas profundezas do nosso próprio ser. Lembrem-se sempre disso. Não pensem, não usem outras palavras senão a vossa palavra, não imaginem coisa alguma. Ressoem apenas, recitem a palavra nas profundezas do vosso espírito e escutem-na. Concentrem-se nela com toda a vossa atenção.
Porque é que isto é tão poderoso? Basicamente, porque nos dá o espaço de que o nosso espírito precisa para respirar. Dá a cada um de nós o espaço para sermos nós próprios. Quando estamos a meditar, não precisamos de pedir desculpa por nós nem de nos justificar. Tudo o que precisamos é de ser nós próprios, aceitar das mãos de Deus o dom do nosso próprio ser.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação…
“Reverenda E. no Seu Vestido Vermelho” (excerto) – Alice Walker, in "Confiança Absoluta na Bondade da Terra" (no original da “ABSOLUTE TRUST IN THE GOODNESS OF THE EARTH”: New Poems - New York: Random House, 2005 - pp. 64-5)
Ajuda-nos a
Amarmo-nos uns aos outros,
A afastar os nossos receios
De falta de valor,
A nossa mania
De odiarmos a nós mesmos,
A nossa ganância
Por sermos aceites
Como algo
Diferente do que
Realmente somos.
Divina Mãe,
Continua intercedendo
Por nós
Todos os terráqueos,
Todas as crianças
Deste surpreendente
Lugar
Em que nenhum de nós
Sabe
Porque aqui estamos
A não ser para SER.
Continua a rezar por nós.
Os teus filhos,
Os filhos da Terra,
Têm fome
Da visão
De algo
Real,
Estão morrendo pela voz
De algo
Verdadeiro.
Ora por nós
Para que saibamos
Que nada
Detém uma mentira tão bem
Como sermos
Nós mesmos.
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