Quaresma 2015 - 2ª Feira da 1ª Semana
Mateus 25:31-36: Tive sede e deste-me de beber. Era um forasteiro e acolheste-me,
Pode-se ensinar a compaixão? Pode-se regulamentá-la? Depois de alguns casos chocantes de brutalidade, quase inacreditáveis, em instituições de solidariedade social, contra pessoas indefesas e idosas, introduziram-se cursos de formação e regulamentos mais rigorosos. Alguém fazia algo. (Depois de um desastre dizemos ‘alguém devia fazer alguma coisa em relação a isto’.)
Talvez que o treino e os regulamentos ajudem a reforçar o princípio básico de que, pelo menos, não devemos magoar os outros. Mas a compaixão é mais do que comportamento. É o modo como são feitas as coisas. Acima de tudo é a fonte da qual flui a ação para nós e para os outros. A fonte da compaixão não é menos do que o eu verdadeiro, esse Eu irredutível no qual o ego foi plenamente absorvido e é portanto invisível e sem sombra.
Quando a ação decorre a partir deste ponto não-geográfico de identidade pura, não se preocupa com o que parece e nem sequer se é boa ou má aos olhos dos outros. A compaixão é ação pura que emerge da pureza de coração. É levada aos outros por uma força de generosidade que é demasiado completa e gratificante para se preocupar com o que vai obter de volta.
Isto soa a meditação? Sim, soa, porque é meditação. Quando o eu verdadeiro se joga em tudo o que se pensa e faz é uma forma de meditação. Até lá, temos de aprender e re-aprender a ficar centrados e a ser simples. Temos de nos lembrar disso quando nos esquecemos. Dizer o mantra é apenas este processo de aprendizagem. Dizer o mantra com todo o coração, generosa e puramente, começa a orientar a pessoa nessa direção não-egocêntrica. Define o tom para tudo o resto. A meditação deixa-nos ser compassivos porque é compassiva.
Com amor,
Laurence Freeman
Mateus 25:31-36: Tive sede e deste-me de beber. Era um forasteiro e acolheste-me,
Pode-se ensinar a compaixão? Pode-se regulamentá-la? Depois de alguns casos chocantes de brutalidade, quase inacreditáveis, em instituições de solidariedade social, contra pessoas indefesas e idosas, introduziram-se cursos de formação e regulamentos mais rigorosos. Alguém fazia algo. (Depois de um desastre dizemos ‘alguém devia fazer alguma coisa em relação a isto’.)
Talvez que o treino e os regulamentos ajudem a reforçar o princípio básico de que, pelo menos, não devemos magoar os outros. Mas a compaixão é mais do que comportamento. É o modo como são feitas as coisas. Acima de tudo é a fonte da qual flui a ação para nós e para os outros. A fonte da compaixão não é menos do que o eu verdadeiro, esse Eu irredutível no qual o ego foi plenamente absorvido e é portanto invisível e sem sombra.
Quando a ação decorre a partir deste ponto não-geográfico de identidade pura, não se preocupa com o que parece e nem sequer se é boa ou má aos olhos dos outros. A compaixão é ação pura que emerge da pureza de coração. É levada aos outros por uma força de generosidade que é demasiado completa e gratificante para se preocupar com o que vai obter de volta.
Isto soa a meditação? Sim, soa, porque é meditação. Quando o eu verdadeiro se joga em tudo o que se pensa e faz é uma forma de meditação. Até lá, temos de aprender e re-aprender a ficar centrados e a ser simples. Temos de nos lembrar disso quando nos esquecemos. Dizer o mantra é apenas este processo de aprendizagem. Dizer o mantra com todo o coração, generosa e puramente, começa a orientar a pessoa nessa direção não-egocêntrica. Define o tom para tudo o resto. A meditação deixa-nos ser compassivos porque é compassiva.
Com amor,
Laurence Freeman
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal