Quaresma 2015 – Quarto Domingo
João 3,14-21: quem pratica a verdade aproxima-se da luz
O noticiário da TV mostrou recentemente um antigo banqueiro de alto nível intercetado por um repórter na rua que lhe punha repetidamente a mesma pergunta sobre corrupção e recebia a mesma resposta inexpressiva, ‘sem comentários’. Havia qualquer coisa de muito perturbador e revelador nessa cena. A invasão pública da privacidade e a exposição vergonhosa. A pergunta insistente pela verdade e a recusa em a dar dizia mais do que as palavras.
Quando os carniceiros de Auschwitz viram que o pesadelo que tinham infligido aos outros se virava agora contra eles, fugiram do local do crime e tentaram destruir as provas. Hoje pode-se ver o entulho que deixaram para trás e isso condena-os e envergonha toda a humanidade. Por muito forte que seja a negação, não é possível enterrar as trevas na luz.
A verdade não é só o que se diz. Pode-se esperar pelo advogado e pelas palavras oleosas que ele propõe para nos livrar da forca. Mas a verdade é vivida e não falada. É o que se vive e como se vive. A verdade não se pode esconder. Quando a poeira da explosão que tentou destrui-la assenta, seja o que for que se tente para a esconder é mais visível do que nunca.
Se você tiver alguma coisa a esconder e tiver medo da verdade, então esta é a terrível e inescapável verdade da verdade. Ela surgirá assim como a realidade emerge das cinzas da ilusão que tentou escamotear a verdade. Isto aplica-se não só aos nossos atos como à verdade que é reprimida na nossa mente e na nossa memória. Um sentimento que é demasiado doloroso de enfrentar, um erro demasiado custoso de admitir, uma perspetiva demasiado inovadora de ser acolhida.
Até que cheguemos a uma total abertura e deixemos a verdade expandir-se à luz sentir-nos-emos perseguidos e estaremos em fuga. A meditação é viver a verdade. À luz – no aberto.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: www.meditacaocrista.com
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
João 3,14-21: quem pratica a verdade aproxima-se da luz
O noticiário da TV mostrou recentemente um antigo banqueiro de alto nível intercetado por um repórter na rua que lhe punha repetidamente a mesma pergunta sobre corrupção e recebia a mesma resposta inexpressiva, ‘sem comentários’. Havia qualquer coisa de muito perturbador e revelador nessa cena. A invasão pública da privacidade e a exposição vergonhosa. A pergunta insistente pela verdade e a recusa em a dar dizia mais do que as palavras.
Quando os carniceiros de Auschwitz viram que o pesadelo que tinham infligido aos outros se virava agora contra eles, fugiram do local do crime e tentaram destruir as provas. Hoje pode-se ver o entulho que deixaram para trás e isso condena-os e envergonha toda a humanidade. Por muito forte que seja a negação, não é possível enterrar as trevas na luz.
A verdade não é só o que se diz. Pode-se esperar pelo advogado e pelas palavras oleosas que ele propõe para nos livrar da forca. Mas a verdade é vivida e não falada. É o que se vive e como se vive. A verdade não se pode esconder. Quando a poeira da explosão que tentou destrui-la assenta, seja o que for que se tente para a esconder é mais visível do que nunca.
Se você tiver alguma coisa a esconder e tiver medo da verdade, então esta é a terrível e inescapável verdade da verdade. Ela surgirá assim como a realidade emerge das cinzas da ilusão que tentou escamotear a verdade. Isto aplica-se não só aos nossos atos como à verdade que é reprimida na nossa mente e na nossa memória. Um sentimento que é demasiado doloroso de enfrentar, um erro demasiado custoso de admitir, uma perspetiva demasiado inovadora de ser acolhida.
Até que cheguemos a uma total abertura e deixemos a verdade expandir-se à luz sentir-nos-emos perseguidos e estaremos em fuga. A meditação é viver a verdade. À luz – no aberto.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: www.meditacaocrista.com
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal