
Domingo de Ramos
Jesus, lembra-te de mim quando chegares ao teu reino. Ele respondeu, ‘Na verdade,
prometo-te, que hoje estarás comigo no paraíso’.
Hoje começa o drama da Paixão, a jornada do inferno da dor para o paraíso da alegria. Cada detalhe de cada incidente descrito entrou desde há milénios na nossa imaginação coletiva. Apesar de, por falta de qualquer transmissão da fé, muitos poderem estar incapazes de identificar os pormenores ou a história, a imagem continua a ser potente. Alguém que ouça atentamente esta narrativa vai reconhecer-se nela. Aqui, Jesus, na sua última troca de palavras, consola o ladrão crucificado ao lado dele, dizendo que depois de morrerem se encontrarão no Paraíso.
É um drama interativo e só o poderemos compreender se estivermos dentro dele. Grande parte da história relaciona-se com a humilhação psicológica de Jesus – terem-lhe sido retirados todos os direitos e dignidade – e com a sua degradação física e o seu sofrimento. Então o significado não é apenas que Jesus seja um indivíduo heroico, um inocente que se tornou em bode expiatório. Quer dizer também que o nosso orgulho e a nossa vulnerabilidade física são postas em questão. É difícil olhar para esta história apenas de modo objetivo, sem cairmos eventualmente nela e sem que nos provoque uma forte empatia mental e física com tudo o que Jesus suportou. É esta capacidade de empatia que explica a qualidade redentora da morte de Jesus, e a razão pela qual o que acontece com Ele nos muda.
Vi muitas vezes como as pessoas, ao aceitarem a sua doença terminal, usam o tempo que lhes resta para oferecer a sua morte no altar dos seus últimos dias. Um sentido da vida supera a sensação da morte. O amor torna-se mais forte que o isolamento. Como se atinge este momento e o que acontece a seguir? Isto acontece quando partilhamos o impartilhável. O desapego do moribundo é então o meio da mais profunda e delicada influência.
A meditação leva-nos através deste percurso no microcosmos do nosso mundo interior. A Quaresma trouxe-nos a esta reflexão sobre o significado último.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Jesus, lembra-te de mim quando chegares ao teu reino. Ele respondeu, ‘Na verdade,
prometo-te, que hoje estarás comigo no paraíso’.
Hoje começa o drama da Paixão, a jornada do inferno da dor para o paraíso da alegria. Cada detalhe de cada incidente descrito entrou desde há milénios na nossa imaginação coletiva. Apesar de, por falta de qualquer transmissão da fé, muitos poderem estar incapazes de identificar os pormenores ou a história, a imagem continua a ser potente. Alguém que ouça atentamente esta narrativa vai reconhecer-se nela. Aqui, Jesus, na sua última troca de palavras, consola o ladrão crucificado ao lado dele, dizendo que depois de morrerem se encontrarão no Paraíso.
É um drama interativo e só o poderemos compreender se estivermos dentro dele. Grande parte da história relaciona-se com a humilhação psicológica de Jesus – terem-lhe sido retirados todos os direitos e dignidade – e com a sua degradação física e o seu sofrimento. Então o significado não é apenas que Jesus seja um indivíduo heroico, um inocente que se tornou em bode expiatório. Quer dizer também que o nosso orgulho e a nossa vulnerabilidade física são postas em questão. É difícil olhar para esta história apenas de modo objetivo, sem cairmos eventualmente nela e sem que nos provoque uma forte empatia mental e física com tudo o que Jesus suportou. É esta capacidade de empatia que explica a qualidade redentora da morte de Jesus, e a razão pela qual o que acontece com Ele nos muda.
Vi muitas vezes como as pessoas, ao aceitarem a sua doença terminal, usam o tempo que lhes resta para oferecer a sua morte no altar dos seus últimos dias. Um sentido da vida supera a sensação da morte. O amor torna-se mais forte que o isolamento. Como se atinge este momento e o que acontece a seguir? Isto acontece quando partilhamos o impartilhável. O desapego do moribundo é então o meio da mais profunda e delicada influência.
A meditação leva-nos através deste percurso no microcosmos do nosso mundo interior. A Quaresma trouxe-nos a esta reflexão sobre o significado último.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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