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Véspera de Natal 2017 - Laurence Freeman OSB

24/12/2017

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Véspera de Natal, Domingo - 24 de Dezembro

​(2Sam 7:1-5,8b-12,14a-16; Rom 16:25-27; Lc 1:26-28)
 
​
No seu pior, que acontece muito, a religião controla e trata a Deus com condescendência. Em vez de remover os bloqueios humanos e de libertar o Espírito nos assuntos humanos, ela consegue facilmente excluir o divino. Os líderes religiosos falam muitas vezes de Deus, dizendo aos outros o que Deus quer e não quer, sem nunca se exporem ao risco de encontrar a Deus directamente.
 
É isto que David faz na primeira leitura. Ele ganhou as suas batalhas e estabeleceu-se no seu reino e, então, pensa: “OK, devia construir um palácio grande e bonito para Deus lá viver, que será o Templo. Que boa ideia!” Mas Deus – de modo mais cuidadoso do que David merecia – critica-o. “Achas que me consegues fechar numa casa? Sou Eu quem te abençoa, não tu a Mim. Mas encontrar-Me-ás embrenhado em todos os lugares na tua vida. É aí que Eu estou e que sempre estarei. Em ti e na vida.”
 
Paulo, o antigo fanático religioso, compreendeu isto depois do seu período de cegueira e de esgotamento nervoso. A verdade é mais vasta, mais profunda, mais ampla e mais longa do que alguma vez se pode expressar. O melhor que podemos fazer é tentar expressar a nossa crescente admiração. E é isso que “louvar a Deus” significa.
 
Hoje, o evangelho da Anunciação mostra como a presença sem-abrigo de Deus, na Terra e no Cosmos, satura o particular. Há uma placa, em Nazaré, que marca o suposto lugar onde Maria recebeu o seu visitante angelical. Pode ler-se: “Et Verbum Caro Factum Est”. Aqui, neste pequeno pedaço de terra, o Verbo infinito e eterno de Deus fez-se carne. O mensageiro explicou-lhe o seu destino. Ela, jovem e obscura, seria a casa em que Deus mora. Ela fica com medo e confusa. Mas foi conscienciosa e capaz de responder. Pensou no assunto e, então, fez uma pergunta: “Como é que isso me pode acontecer a mim que ainda sou virgem?”
 
Parece um simples conto de fadas e é visto deste modo nos Autos de Natal interpretados pelas crianças pelo mundo fora. Porém, a história não é apenas simples, mas profunda e misteriosa. A profundidade com que nos toca depende de conseguirmos suspender o nosso cepticismo e permitir-nos ser arrebatados para lá da dicotomia reservada da leitura mítica vs. literal, para uma revelação que entra em nós e que habita em nós para todo o sempre.
 
“A experiência é a melhor prova” disto e de tudo o mais. Se conseguirmos escutar, estar conscientes e, depois, dizer “sim” ao que está para além do conhecimento comum (dualista), não temos uma experiência: tornamo-nos a experiência.
 
A celebração plena do Natal depende desta rendição que não constitui uma rejeição da inteligência, mas uma abertura mental ao mistério que habita no coração. Maria não sabe o que tudo aquilo significa e talvez nunca tenha chegado a saber. Mas ela ensina-nos o caminho contemplativo quando dá, simplesmente, o seu assentimento ao que é e sabe o que ela não sabe – como nós fazemos na meditação. O seu “Fiat”, “Faça-se em mim Segundo a tua palavra”, permite que o Cosmos, materialmente, se torne o templo que Deus empapa, ao tornar-se não apenas Deus, mas também humano. Nada voltará a ser a mesma coisa que era. 
 

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3ª. Semana do Advento 2017 - Laurence Freeman OSB

17/12/2017

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3º Domingo do Advento - 17 de Dezembro

​(Is 61:1-2A,10-11; 1Tes 5:16-24; Jo 1: 6-8,19-28 )
 
 
Temos que escavar bem fundo no desapontamento e até mesmo no desespero para encontrar a fonte da esperança. Só num lugar em que ela borbulha das entranhas da terra é que a esperança é mais do que pensar positivo, fazer figas, manter o moral. Esta pode ser a razão pela qual os profetas (e todos temos um pouco de profeta em nós) parecem muitas vezes oscilar entre a escuridão e a luz.
 
Hoje, Isaías é todo ele luz. Teríamos que ter um coração profissionalmente empedernido para não ficarmos comovidos pela sua visão de um evento, de algo que está para vir – que traz notícias felizes aos pobres, que curam os de coração partido, dá liberdade aos prisioneiros do medo ou da fantasia e liberta os prisioneiros. No Natal, muitas pessoas recordam esta esperança e sentem-se ligadas à sua fonte pura, fresca e simples. É por isso que o Natal tem a ver com um nascimento e que crianças e Natal combinam tão bem. 
 
A visão cheia de esperança do teatro humano está habitualmente enterrada profundamente sob o ruído, o brilho e a excessiva indulgência das festividades. Inevitavelmente, iremos ouvir falar do impacto económico dos gastos de Natal; muito menos se falará dos abrigos especiais para os sem-abrigo geridos por voluntários, as pessoas que, para os confortar, se porão à procura dos que, com as suas famílias, perderam a casa e os seus meios de subsistência por causa da guerra e que são olhados pelos seus novos anfitriões com suspeição e hostilidade.
 
Como é que conseguimos cavar para encontrar esta nascente de esperança que é capaz de encarar as desumanidades da Humanidade e, mesmo assim, não desistir de tentar tornar o mundo um lugar mais gentil e mais justo? No fim de contas, muitos que começam de forma idealista, acabam por tornar-se cínicos. A política sufoca o propósito. E muitos mais, talvez, se esgotam durante o processo, dando-se generosa, mas imprudentemente, de formas que danificam a sua mente e o seu corpo. 
Paulo diz: “orai sem cessar”. Isto dificilmente quererá dizer passar todo o dia na igreja, na mesquita, no templo ou na sinagoga. Nem significa pensar nas realidades celestes durante todo o tempo. Significa desbloquear o canal da consciência que é a corrente pura e contínua da oração em nós.
 
 
Uma vez sentei-me para meditar com um pequeno grupo, na minha sala de meditação em Bere Island (Irlanda). Então, sentimos um cheiro horrível e um som gorgolejante vindos da casa de banho mais próxima. A retrete estava a transbordar. Más notícias, como aquelas que ouvimos todos os dias. O meu primo, que é um especialista em tudo, foi lá ver e receava que fosse um problema da fossa séptica. Um grande problema. Mais tarde, ao dar um passeio à volta da casa, vi um buraco no sítio onde o cano ligava a retrete à fossa. Espreitei para o buraco e vi uma pedra que aí se tinha alojado. Quase sem acreditar na minha sorte e sorrindo de orgulho por ter resolvido o problema, retirei com a mão a pedra e tudo voltou a fluir de forma correcta.
 
Não temos que tentar orar continuamente. Só temos que remover os bloqueios para desfrutar daquilo a que Paulo chama a solidez, a plenitude do corpo, mente e espírito. Este é o entendimento bíblico do humano -  a tripla dimensão que eleva a dualidade de corpo e mente à transcendência. A terceira e mais subtil dimensão está claramente presente no evangelho de hoje, em que João Baptista desvia a atenção de si próprio para “Aquele que virá depois” dele.
 
Só conseguimos falar até certo ponto e ver até certo ponto. Só conseguimos manter a atenção sobre nós mesmos durante um certo tempo. Se não removermos os bloqueios na consciência que enganam, a nós e ao mundo, iremos infinitamente olhar sem ver e palrar tanto que afogamos os silêncios curativos da vida. O Baptista diz que “há Alguém entre vós que não reconheceis”.
 
Que coisa tão cheia de esperança nos é dita!

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2ª. Semana do Advento 2017 - Laurence Freeman OSB

10/12/2017

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​2º Domingo do Advento - 10 de Dezembro


​(Is 40:1-5,9-11; 2Ped:3:8-14; Mc 1:1-8)
 
A quietude na meditação é, apesar das aparências, a via rápida do espírito. Sem o saber, estamos a percorrer uma grande distância e não nos apercebemos disso até compreendermos que não há retorno. As pessoas param de meditar por uma variedade de razões. Uma delas é a impaciência; outra é o medo de estarem a viajar demasiado depressa. O Advento é uma oportunidade para reajustar a nossa consciência nesta estranha e fluida dimensão do tempo em que vivemos e morrermos todos os dias. Embora o amor possa ser esta chamada que nos desperta.
 
Hoje, Isaías parece cativado pela ternura que se derrete de Deus. É diferente, mas não é incompatível com a ênfase da semana passada sobre a dolorosa estranheza entre o humano e o divino. De facto, nada é incompatível com Deus. Quanto maior a diferença, mais profundo o paradoxo a resolver e, então, maior o deleite em ver os opostos unidos. Mas o pastor divino? Se alguma vez tiver visto um pastor junto das suas ovelhas, poderá ter ficado surpreendido com as suas maneiras. Por um lado, masculino e não sentimental; por outro, delicado, atento e cuidadoso até com os membros mais fracos e mais enfezados do seu rebanho.
 
No evangelho de hoje, encontramos outro profeta, João Baptista, o último dos profetas pré-cristãos, da mesma idade que Jesus. A tradição imaginou-o cabeludo, sem se lavar e zangado, ascético e denunciador da corrupção e da hipocrisia. Talvez haja mais nele do que isto. Os profetas são caracteristicamente hipersensíveis, solitários, disfuncionais e raramente fazem passar a sua mensagem sem ofender as pessoas de todos os lados.
 
Mas a sua intenção (a dos verdadeiros profetas) é bondosa: a saúde e o bem-estar dos outros. O chamamento a mudar de ideias e de forma de ver as coisas e a ajustar o nosso estilo de vida a esta nova forma de ser é dolorosamente bondoso. As pessoas que vinham ao deserto para ouvir João perguntavam-lhe: “Que havemos de fazer?” Estavam – tal como nós, muitas vezes, e mais do que nos apercebemos – silenciosamente desesperadas. 
 
Há poucas coisas que nos encham mais dum mal-estar inconsciente do que o vislumbre da nossa vida a escapar-nos, sem significado, sem descobrimos o que realmente é suposto fazermos com ela, tentando evitar que a consciência acusatória dos nossos erros e o auto-engano emerjam acima das ondas da consciência. Os profetas põem isto a descoberto.
 
Mas a tensão entre a paciência e a urgência pode resolver-se como vemos na Epístola de S. Pedro, hoje: “com o Senhor, um dia é como mil anos”. Se virmos isto, então duas meditações por dia parecem mais fazíveis. John Main dizia (profeticamente) que isto era o mínimo. Mesmo que leve um milénio a compreender e a cumprir, é uma verdade que vale sempre a pena escutar.
 
O profeta pode aparecer-nos, na próxima semana, sob muitas aparências. Seja qual for a sua forma exterior, dura ou gentil, o efeito deverá ser o mesmo: fazer com o que o vislumbre da urgência da vida dure um pouco mais, até que olhemos nos olhos, sustentadamente, a verdade sobre nós mesmos. Por muito difícil que isso possa ser, não iremos deixar de suspirar de alívio por a verdade estar finalmente à vista e por podermos parar de fingir.

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1ª. Semana do Advento 2017 - Laurence Freeman OSB

3/12/2017

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1º Domingo do Advento - 3 de Dezembro 

(Is 63:16b-17,19b, 64:2-7; 1Cor 1:3-9; Mc 13:33-37 )
 
​
Os profetas não são adivinhos, por muito que, secretamente, desejemos conhecer o que vai acontecer – ou que achemos que podemos ver o futuro. Isaías é um profeta e o dom que nos faz não é uma predição, mas um lembrete – urgente – para estarmos real e plenamente presentes. Ele é alguém que experienciou Deus e que não consegue tirá-Lo da cabeça – embora, tal como qualquer crente em Deus, às vezes, gostasse de se livrar de d’Ele. Isaías lida com isto fazendo esta pergunta profunda: “Porque nos deixais, Senhor, desviar dos Vossos caminhos e endurecer o nosso coração?”
 
Não iremos obter respostas definitivas para este tipo de questão, mas perguntar, simplesmente, é uma ajuda poderosa para clarificar o dilema humano. Se Deus é Deus – bom, amoroso, cuidadoso connosco – porque é que descarrilamos tão facilmente, de forma tão inclemente e tão frequente? Porquê a Síria? Porquê o tráfico humano? Porquê os prisioneiros políticos e a tortura? Porquê os paraísos fiscais offshore? E, a propósito, porquê as cada vez mais duras divisões associadas à politica americana e europeia? Ao iniciar o Advento, esta é uma boa questão para mantermos fresca e para tornarmos a nossa espera cada vez mais, e não cada vez menos, consciente. A palavra “Advento” significa que algo está para vir e, bom ou mau, vem mesmo na nossa direcção.
 
Isaías anseia por um tempo em que havemos de estar “conscientes de Vós nos nossos caminhos” em vez de estarmos constantemente a esquecer que “somos o barro e Vós o Oleiro”. Por isso, talvez a resposta ao fracasso humano em ser humano não esteja em Deus, mas em nós e, especialmente, no nosso esquecimento.
 
Por isso, hoje e ao longo desta época, Jesus tem uma palavra para nós: “vigiai!” Significa fazer um esforço para ver, tomar atenção, olhar em ambas as direcções, estar alerta a toda a hora. A vigilância é uma virtude ancestral. Não significa acumular mais palavras, planos, relatórios, reuniões e projecções. Se estivermos vigilantes, estes serão impiedosamente reduzidos e a nossa tomada de decisões e colaboração grandemente melhoradas. Vigiar significa, simultaneamente, manter focado e expandir o nosso campo de consciência. Se este equilíbrio se perde, tornamo-nos ou distraídos ou obsessivos. Então, tudo se desmorona.
 
Portanto, a resposta à pergunta de Isaías não é uma resposta, é uma actuação, A actuação é uma mudança no comportamento, uma prática. O mantra coordena esse aspecto para o meditante. O sinal de que estamos vigilantes é o que Paulo, na segunda leitura de hoje, observa com espontânea gratidão: “Dou graças a Deus […] já não vos falta nenhum dom da graça”. É-nos realmente dado tudo no presente, se ao menos o conseguirmos ver. 
 
(Estava à procura do cap. 13 de Marcos, para rever o seu texto em Grego, e escrevi no Google “Mk 13”. A pesquisa mostrou-me uma «espingarda de culatra manual para atirador furtivo ou “sniper”» usada pelos “Seals” da Marinha Americana. Esse é um tipo de vigilância, mas não é aquele em que deveríamos trabalhar durante o Advento.

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    Escreva algo sobre si mesmo. Não precisa ser extravagante, apenas uma visão geral.

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    December 2017

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