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        "Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos do que esta voz do Senhor a convidar-nos?"


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Leitura Semanal – 29.05.2016, “Mosteiro sem Muros”, Fr. John Main OSB

29/5/2016

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“Mosteiro sem Muros”, Fr. John Main OSB, (excerto), 
(no original: “MONASTERY WITHOUT WALLS: The Spiritual Letters of John Main” – Norwich: Canterbury, 2001 – pp 127-28) 
 
O dom da visão é a maravilha da Criação. Dá-nos o poder de ver a realidade que vivemos, em que nos movemos e temos a nossa existência. Não é um dom que alguma vez possamos possuir porque o estamos, constantemente, a receber. Devolvendo-o, deixando-o ir, recebemo-lo, de novo, de forma ainda mais plena. É por isso que, quanto mais tempo levamos de prática da meditação, menos exigências sobre ela fazemos e menos expectativas temos. O sabermos que Deus nos criou para partilhar o ser toma posse de nós, sem que o saibamos. Porém, a luz de consciência onde nos expandimos é completa de maneira que a ténue autoconsciência do ego jamais poderá ser. […]
 
Para aqueles de nós que humildemente percorremos a peregrinação de oração para a luz, este é o conhecimento essencial de que necessitamos. Conhecimento é experiência. É também a Palavra que, uma vez vocalizada, torna consciente quem quer que a escute. Ela convoca-nos a sair do nosso velho padrão fixo e inspira-nos a respirar mais profundamente, dentro da realidade em expansão e a colocar o nosso centro de consciência para além da autopreocupação. É descobrirmos que o nosso centro está em Deus. A forma como viemos parar a esta viagem é menos importante do que começá-la, realmente. Para começar, é necessário entrar, de alguma forma, num compromisso real. O momento de autodoação, de rendição do ego, é o buraco na muralha do ego que, ainda que fugazmente, no início, permite a entrada da luz. A luz irá fluir de forma cada vez mais poderosa, até superar tudo o que bloqueia a translucidez.
 
Este momento de compromisso está sempre à nossa mão. Não se trata de um ideal ausente, de uma possibilidade teórica, mas sempre de uma realidade presente e acessível pela fé. A questão é: será que estamos suficientemente presentes para nós mesmos para o ver, para escutar o convite e responder? Cada momento é O momento porque todo o tempo foi carregado de significado divino.




Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.


Depois da meditação…

“Uma Viagem em Ladakh” (excerto) – Andrew Harvey 
(no original: A JOURNEY IN LADAKH - Boston:Houghton Mifflin, 2002 - pp. 92-93)
 
Tomar este rio, estas rochas, esta luz, estas montanhas que mudam com a luz, “por garantido”, e deleitar-me com tudo isto – é isso que estou a aprender, lentamente, aqui. Estou a aprender a não atirar nomes às coisas. Mesmo quando escrevo ou penso, simplesmente, rocha, rio, luz, montanha, começo por ver através da palavra para a coisa, a estar junto à coisa, à rocha, a esta luz nas minhas mãos, sem medo nem necessidade de falar.

As coisas existem no inominável. Às vezes, estou livre ou sou libertado por esta paisagem, para as ver tal como são e não desejar dar-lhes nomes. Às vezes, com o brilho das rochas sob a luz do fim do dia ou o faiscar repentino do rio entre os penedos ou dois pássaros que se escondem, numa explosão de luz, sobre a minha cabeça, compreendo que todos os nomes ficam aquém do brilho das coisas. E essa compreensão, enquanto dura, é paz.


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Leitura Semanal - 22.05.2016 - “Crescendo em Deus”, John Main OSB, in “O Caminho do Não Conhecimento” 

22/5/2016

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“Crescendo em Deus” (excerto) – John Main OSB, in “O Caminho do Não Conhecimento” 
(original: “THE WAY OF UNKNOWING” - New York: Crossroad, 1990 - pp. 79-81)
  
Qual é a diferença entre a realidade e a irrealidade? Penso que uma maneira de o entendermos é vermos a irrealidade como produto do desejo. Uma coisa que aprendemos na meditação é a abandonar o desejo e aprendemo-lo porque sabemos que o nosso convite é para viver plenamente no momento presente. A realidade exige quietude e silêncio e presença. E esse é o compromisso que assumimos na meditação. Como todas as pessoas podem descobrir, pela sua própria experiência, aprendemos, na quietude e no silêncio, a aceitar a nós mesmos tal como somos. Isto soa de forma muito estranha aos ouvidos das pessoas dos tempos modernos, acima de tudo, aos cristãos modernos, que foram educados a praticar tanto a competição: “Não deveria eu ser ambicioso? E se eu for má pessoa, será que não devia desejar ser melhor?”
 
A real tragédia do nosso tempo é que estamos tão cheios de desejo – de felicidade, de sucesso, de riqueza, de poder, seja ele qual for – que estamos sempre a imaginar-nos como poderíamos ser. É muito raro chegarmos a conhecer-nos a nós mesmos tal como somos e a aceitar a nossa posição presente. Mas a sabedoria tradicional diz-nos: trata de saber que és e que és como és. Pode bem ser que sejamos pecadores e se o formos é importante que saibamos que o somos. Mas muito mais importante para nós é saber, através da nossa própria experiência, que Deus é o terreno da nossa existência. […] Esta é a estabilidade de que todos precisamos, não a luta e o movimento de desejo, mas a estabilidade e a quietude do enraizamento espiritual. Cada um de nós é convidado a aprender na nossa meditação, na nossa quietude em Deus, que já temos tudo o que é necessário. […]




Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.



Depois da meditação…

"As Confissões" (excerto) – Santo Agostinho de Hipona, citado em “Antologia do Misticismo Cristão” (original: AN ANTHOLOGY OF CHRISTIAN MYSTICISM, ed.Harvey D. Egan - Collegeville, MN: The Liturgical Press, 1996 - p. 68.)
 
Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu lá fora a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formusuras que criastes. Estáveis comigo, e eu não estava convosco!
… Porém chamastes-me com uma voz tão forte que rompestes a minha surdez! Brilhastes, cintilastes, e logo afugentastes a minha cegueira! Exalastes perfume: respirei-o suspirando por Vós. …


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Leitura Semanal - 15.05.2016 - “Espaço para Ser”, John Main OSB, in "Luz Interior - O Momento de Cristo" 

16/5/2016

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​“Espaço para Ser”
(excerto) – John Main OSB, in "Luz Interior - O Momento de Cristo" (no original: MOMENT OF CHRIST - New York: Continuum, 1998 - pp. 92-93.)
  
Para nos conhecermos a nós mesmos, para nos compreendermos e […] para pormos, a nós e aos nossos problemas, em perspetiva, temos de estabelecer contacto com o nosso espírito. Toda a autocompreensão emerge de nos entendermos a nós próprios como seres espirituais e apenas o contacto com Espírito Santo universal nos pode dar a profundidade e o alento para compreender. […] O caminho para isto não é difícil. É muito simples. Mas exige, realmente,  empenhamento. […] Tudo o que cada um de nós tem de fazer é ficar o mais quieto possível, de corpo e de espírito. […]
 
Aprender a meditar é aprender a abrir mão dos nossos pensamentos, ideias e imagens e descansar nas profundezas do nosso próprio ser. Lembrem-se sempre disso. Não pensem, não usem outras palavras senão a vossa palavra, não imaginem coisa alguma. Ressoem apenas, recitem a palavra nas profundezas do vosso espírito e escutem-na. Concentrem-se nela com toda a vossa atenção.
 
Porque é que isto é tão poderoso? Basicamente, porque nos dá o espaço de que o nosso espírito precisa para respirar. Dá a cada um de nós o espaço para sermos nós próprios. Quando estamos a meditar, não precisamos de pedir desculpa por nós nem de nos justificar. Tudo o que precisamos é de ser nós próprios, aceitar das mãos de Deus o dom do nosso próprio ser.  





Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.



Depois da meditação…

  
“Reverenda E. no Seu Vestido Vermelho” (excerto) – Alice Walker, in "Confiança Absoluta na Bondade da Terra" (no original da “ABSOLUTE TRUST IN THE GOODNESS OF THE EARTH”: New Poems - New York: Random House, 2005 - pp. 64-5)
 

Ajuda-nos a
Amarmo-nos uns aos outros,
A afastar os nossos receios
De falta de valor,
A nossa mania
De odiarmos a nós mesmos,
A nossa ganância
Por sermos aceites   
Como algo
Diferente do que
Realmente somos.
 
Divina Mãe,
Continua intercedendo
Por nós   
Todos os terráqueos,
Todas as crianças
Deste surpreendente
Lugar
Em que nenhum de nós
Sabe
Porque aqui estamos
A não ser para SER.
 
Continua a rezar por nós.
 
Os teus filhos,
Os filhos da Terra,
Têm fome
Da visão
De algo
Real,
Estão morrendo pela voz
De algo
Verdadeiro.
 
Ora por nós
Para que saibamos
Que nada
Detém uma mentira tão bem
Como sermos
Nós mesmos.


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Leitura Semanal - 8.05.2016 - “Universal” – Laurence Freeman OSB 

16/5/2016

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​“Universal”
(excerto) – Laurence Freeman OSB 
in Boletim Internacional da WCCM, inverno 2001


A paz não é alcançada arrancando o mal pela raiz e destruindo-o. Quando nos tornamos conscientes dos nossos vícios – a raiva, o orgulho, a ganância, a luxúria – a tentativa de os destruir facilmente degenera num ódio a nós próprios. No fim de contas, se não nos conseguimos amar a nós mesmos, para quê tentar amar os outros? Melhor do que destruir as nossas falhas é trabalhar, pacientemente, para implantar as virtudes – um trabalho mais lento e menos espetacular, mas muito mais efetivo. E, evitando os perigos da hipocrisia religiosa e do farisaísmo, criamos uma personalidade de trato mais agradável. Ocultas em todas a nossas faltas – a nossa capacidade para o mal – estão, também, as sementes de muitas virtudes. O terrorista poderá ter tido em si a semente da justiça antes de a raiva e a ilusão paranoica de que é o instrumento da ira de Deus se terem dele apoderado. Quando conduzimos uma guerra contra nós próprios (muitos dos maiores fanáticos religiosos foram pessoas abnegadas), corremos o risco de provocar imensos danos colaterais, pela destruição das nossas próprias sementes de virtude. Todos os tipos de violência constituem um crime contra a Humanidade porque privam o mundo de uma bondade desconhecida.
 
O primeiro passo para implementar as virtudes que irão finalmente sobrepor-se aos vícios é estabelecer a virtude fundamental da oração profunda e regular. Através deste ritmo silencioso de oração, a sabedoria penetra, lentamente, na nossa mente e no nosso mundo. A sabedoria é a força universal que faz surgir o bem do mal. Como diz o Livro da Sabedoria, “a esperança para a salvação do mundo reside no maior número possível de pessoa sábias”. Os sábios conhecem a diferença entre autoconhecimento e autofixação, entre desapego e dureza de coração, entre correção e crueldade. Não existem regras para a sabedoria. As regras nunca são universais. Mas a virtude é.




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Depois da meditação…

  
“Livro da Sabedoria (8:21-29) ” – (no original da “Christian Community Bible” - Quezon City, Philippines: Claretian Publications, 1997- p. 925)
 

A sabedoria ultrapassa em mobilidade tudo o que se move e, sendo tão pura, difunde-se e permeia todas as coisas.
 
Ela é um sopro do poder de Deus, uma emanação pura da glória do Todo-poderoso; nada impuro pode nela penetrar. Ela é um reflexo da luz eterna, um espelho sem mancha da ação de Deus e uma imagem da Sua bondade.
 
Ela é apenas uma; no entanto, a Sabedoria consegue fazer qualquer coisa e, sem se modificar a si própria, renova todas as coisas. Penetra nas almas, fazendo-as profetas e amigas de Deus. […] É, de facto, mais bela que o sol e ultrapassa todas as constelações; ultrapassa até a luz, pois esta dá lugar às trevas, enquanto o mal nunca prevalecerá sobre a Sabedoria.

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Leitura Semanal - 1.05.2016 - “Do Isolamento ao Amor”, John Main OSB, in “O Caminho do Não Conhecimento” 

5/5/2016

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“Do Isolamento ao Amor” (excerto) – John Main OSB, in “O Caminho do Não Conhecimento” 
(no original: “THE WAY OF UNKNOWING” - New York: Crossroad, 1990 - pp. 44-46)
  
Meditamos porque sabemos, com absoluta certeza, que temos que atravessar e passar além da nossa própria esterilidade. Temos que transcender a esterilidade do sistema fechado, duma mente puramente introspetiva. Sabemos, com uma cada vez maior clareza, que temos de passar para lá do isolamento para o amor. […] Quanto mais profundo for o grau de viragem sobre nós mesmos, mais complexo será o grau da nossa fixação na nossa própria autoconsciência. O resultado é como se estivéssemos aprisionados numa sala de espelhos, onde, constantemente, tomamos a imagem pela realidade. E tudo o que temos são imagens de nós mesmos. […] 
 
Porque é que a meditação é tão diferente? […] [É diferente porque] todos nós temos que praticar um ato de fé, um ato total de abandono. Por outras palavras, comprometemo-nos plenamente com a meditação, e com o mantra como uma forma de largar a nossa autoconsciência. […] É neste ponto que a esterilidade é transformada em pobreza – uma pobreza que abraçamos totalmente – um estado de completa simplicidade, completa vulnerabilidade e completo abandono a Deus. E a autoconsciência dá lugar à consciência. Tornamo-nos conscientes do que está para além dos nossos próprios horizontes, do que é, do que Deus é: que Deus é amor. […] Vemos tudo banhado no infinito amor de Deus.



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Depois da meditação…

  
“O Artista” - Stanley Kunitz (”THE ARTIST” - New York: Norton 1995 - pp.63)
 
Os seus quadros tornavam-se mais escuros, de ano para ano.
Enchiam as paredes, enchiam a sala:
finalmente, encheram o seu mundo –
tudo menos o êxtase.
Quando as vozes se deixavam de ouvir, ele corria a escutar
a alma arranhada de Mozart
num rodopio sem fim.
Para a frente e para trás, para a frente e para trás,
calcorreava  o chão emporcalhado por salpicos de tinta,
diminuindo de tamanho cada vez que se virava,
preso no seu vazio monumental,
clamando, como louco, contra os seus adversários.
Por fim, tomou uma faca nas mãos 
e rasgou uma abertura para sair ele próprio
por entre as molduras do seu alto cenário.
Através dos buracos do seu esfarrapado universo,
a primeira inocência e a luz
vieram dentro derramar.


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