
A meditação é uma disciplina de presença. Pela quietude do corpo e do espírito aprendemos a ser totalmente presentes a nós mesmos, à nossa situação, ao nosso lugar. Não é fugir. Ao ficarmos enraizados no nosso próprio ser tornarmo-nos presente à sua fonte. Tornamo-nos enraizados no próprio Ser. Através de todas as variáveis circunstâncias da vida, nada pode nos abalar.
O processo é gradual. Exige paciência. E fidelidade. E humildade.
A humildade na meditação é pôr de lado todo o auto-importante questionamento. Pôr de lado a auto-importância significa experienciarmo-nos a nós mesmos pobres, despojados de ego, à medida que aprendemos a ser. Para estarmos presentes para a Presença. Nós aprendemos, não a partir da nossa própria inteligência, mas a partir das fontes da própria sabedoria, o Espírito de Deus.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação…
"Absorvendo Sol", Tom Hennen, in “A Escuridão Agarra-se a Tudo” (no original: “DARKNESS STICKS TO EVERYTHING: Collected and New Poems - Port Townsend: CopperCanyon Press, 2013) 115
Absorvendo Sol
Hoje está o tipo de luz do sol que os velhotes amam, o tipo de dia em que o meu avô iria sentar-se no lado sul da tulha de madeira aonde a luz solar aqueceu lentamente durante todo o dia como um fogão a lenha. Uma após a outra folhas secas caiam. Nenhuma memória dolorosa veio. Tudo estava iluminado por um halo de luz. Os pés de milho cintilaram brilhantes como pedaços de vidro. Dos campos e bosque veio o cheiro rico a cogumelos, a coisas voltando à terra. Sentei-me então com o meu avô. Sentei-me então com o meu avô. Ovelhas vieram até nós enquanto nos sentámos lá, sua lã oleosa tão quente para os meus dedos, uma estranha e mágica neve. Meu avô desbastou varas de macieira docemente perfumadas apenas para chegar ao centro. O seu polegar tinha uma ranhura permanente onde a parte de trás da lâmina pressionava. Ele me deixou ouvir o vento, os gansos selvagens, o dialeto suave das ovelhas, enquanto seu próprio silêncio me ensinou todas as coisas secretas que ele conhecia.
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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