Esta é uma verdade espantosa. No coração de cada um de nós, nas profundezas do nosso ser, podemos encontrar o manancial do amor sem limites, infinito. Este é o amor que expulsa todo o medo. Expulsando-o, permite-nos passar a ser aquilo que somos, ser a pessoa que somos chamados a ser, abandonar todas as nossas imagens e todas as nossas defesas. Para nos tornarmos quem somos, temos, simplesmente, que nos pôr em contacto pleno com este poder, esta energia a que chamamos amor.
O nosso espírito está a expandir-se. O nosso coração está a abrir-se, estamos a tronar-nos mais generosos. E a mudança em nós surge porque, na meditação, encontramos o poder que torna esta mudança possível. […] O que descobrimos na meditação é a fonte de energia que nos permite viver [generosamente] e descobrimos que esta fonte de energia está instalada mesmo no centro do nosso próprio ser, nos nossos corações. […] Isto leva-nos à conclusão que liberta um grande poder – que, em última instância, só há uma questão que importa e essa questão é que cresçamos em amor.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche ligeiramente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação….
”Querer o que Temos” – Annie Lighthart, in “Fio de Ferro” (no original: IRON STRING - Portland, OR: Airlie Press, 2013 - p. 51)
Querer o que temos não é fácil, mas começo a acreditar que se pode conseguir, se começarmos por coisas pequenas. Sabão que lava. Luz do sol que aquece. Alguém que recorda o nosso nome. Depois, quando nos tornamos mais fortes e mais seguros, passando ao que é maior, o remorso, por exemplo, e a surpreendente doçura da sua dor, ou possivelmente o sofrimento – o modo como ele, momentaneamente, poderá aliviar, deixando-nos tempo para reparar num campo onde alguém está a caminhar e que, ao ver-nos, se vira. Vemo-nos a nós mesmos. Estamos de pé, segurando um pássaro. Está à espera, na nossa mão aberta, sem medo.
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
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