Um dos maiores problemas contemporâneos que o Cristianismo enfrenta é que grande parte da teologia está centrada em pensamentos sobre Deus que não derivam da experiência. Estes pensamentos estão, de facto, muitas vezes, divorciados da experiência. […] O problema não é abolir a teologia, mais infundir nela a experiência de vida espiritual de modo a fazer dela, de novo, uma teologia viva. […] A verdadeira teologia emerge também de algo mais do que a reflexão sobre a experiência de Deus de outras pessoas. O Cristianismo moderno precisa de uma teologia forte, contemplativa, que consiga envolver a inteligência com todas as ideias, problemas e movimentos da consciência moderna. Tem que ser mais do que uma reprocessada conversa sobre Deus, que posturas humanas perante o Infinito. Tem que ser Deus a falar na e através da experiência humana, alicerçada na oração. […]
Abrindo o nosso coração ao amor, ao nível mais profundo e mais silencioso do nosso ser, não se está a reprimir o conhecimento humano. […] Pelo contrário, este fica iluminado. […] O que é extraordinário na mensagem cristã é que esta luz é nada menos do que a luz de Cristo, a luz que é Cristo. O chamamento que nos é feito é para que cada um de nós conheça esta realidade pela sua própria experiência, […] que a luz de Cristo brilha nos nossos corações e que a primeira tarefa das nossas vidas é estar aberto a ela, é banharmo-nos nela, é tornarmo-nos plenos nela e, assim, vermos com ela.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche ligeiramente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação…
"Dois Tipos de Inteligência" - Rumi (no original: "The Essential Rumi, tr. Coleman Barks - Edison, NJ: Castle Books, 1997 - p. 178)
Há dois tipos de inteligência: uma adquirida,
como uma criança que na escola memoriza factos e conceitos
com base nos livros e no que diz o professor,
recolhendo informação, tanto das ciências tradicionais
como das novas ciências.
Com esse tipo de inteligência, subimos no mundo,
somos classificados à frente ou atrás dos outros,
no que respeita à nossa competência na retenção
de informação. Passeamos com esta inteligência,
entrando e saindo dos vários campos de conhecimento, tomando
sempre mais notas nas nossas tabuinhas que as preservam.
Há outro tipo de tabuinha que
já vem preenchida e está preservada dentro de nós,
uma nascente que transborda da sua mina. Uma frescura
no centro do peito. Esta outra inteligência
não fica amarela ou estagnada. É fluida
e não se move de fora para dentro
através das condutas plúmbeas da aprendizagem.
Este segundo conhecimento é uma nascente
que brota de dentro de nós, fluindo cá para fora.
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