
A maior dificuldade é começar, é dar o primeiro passo e lançarmo-nos nas profundezas da realidade de Deus revelada em Cristo. Uma vez abandonadas as margens do nosso ser, apanhamos, rapidamente, as correntes da realidade que nos dão direção e ímpeto. Quanto mais quietos e atentos estivermos, mais sensível será a forma como respondemos a estas correntes. E, assim, mais absoluta e verdadeiramente espiritual se torna a nossa fé. Através da quietude do espírito, deslocamo-nos no oceano de Deus. Se tivermos a coragem de empurrar o nosso barco e o afastarmos da margem, não deixaremos de encontrar essa direção e essa energia. Quanto mais para o mar alto viajarmos, mais forte se torna a corrente e mais profunda a nossa fé. Por um momento, a profundidade da nossa fé é desafiada pelo paradoxo de que o horizonte do nosso destino parece estar cada vez mais distante. Aonde é que vamos com esta fé mais profunda? Quando é que lá chegaremos? Então, gradualmente, reconhecemos o sentido da corrente que nos guia e vemos que o oceano é infinito. […]
A única maneira de conhecer a Cristo é penetrar no seu mistério pessoal, deixando ideias e palavras para trás. Abandonamo-las de modo a penetrarmos no silêncio do conhecimento e amor plenos para os quais a vida, a morte e a meditação nos vão conduzindo a cada um de nós.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche suavemente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação…
“Candelária” – Denise Levertov, in “O Regato & a Safira” (no original “THE STREAM & THE SAPPHIRE: Selected Poems on Religious Themes” - New York: New Directions, 1997 - pp.11)
Com total certeza,
Simeão abriu
os seus vetustos braços
à infante luz.
Décadas
antes da Cruz, do túmulo
e da vida nova,
ele conheceu
nova vida.
Que profundezas
de fé em que ele bebia,
virando-se iluminado
para a noite profunda.
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal