A certeza do fundamentalismo tem que ser sacrificada e a dúvida radical tem de poder questionar-nos a todos. A nossa experiência da morte da certeza é também a morte do desejo - esse desejo egotista de estar certo, de estar seguro, de ser melhor do que os outros. Esta morte é o nosso tomar parte na Cruz. O renascimento do desejo que se segue é o desejo transformado que jorra de um coração puro na visão de Deus. Este "desejo por Deus" não é como qualquer outro desejo que tenhamos conhecido. No entanto, "feliz aquele cujo desejo por Deus se tornou como a paixão do amante pela sua amada", declarou S. João Clímaco. Ela não se esgota a si mesma e não nos conduz à exploração dos outros de modo a conseguir satisfazer-se. É, ao mesmo tempo, desejo e libertação do desejo tal como o experienciávamos anteriormente [...]
A meditação é a purificação do coração e a morte do desejo. Assim como há um nascimento por cada morte, há também a regeneração do desejo como desejo de Deus. Este não poderá nunca ser o desejo por um objecto de auto-satisfação. Mas é, claro está, um desejo pela nossa própria felicidade: jamais poderíamos desejar ser infelizes. O desejo de Deus [...] é o desejo pela nossa felicidade na obediência à lei do [...] amor. [Esta lei] declara que a única forma de desejo que nos fará verdadeira e permanentemente felizes é o desejo pela felicidade dos outros.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche ligeiramente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia
Depois da meditação….
”Últimos Pensamentos” (excerto) – Simone Weil, in "A Espera de Deus" (no original:” WAITING ON GOD" - London: Fount, 1977 - p. 46)
O nosso amor devia estender-se a toda a largura do espaço e deveria estar tão bem distribuído por cada um dos seus recantos como a própria luz do sol. Cristo pediu-nos que atentássemos na perfeição do nosso Pai Celeste, imitando a sua dádiva indiscriminada da luz.
[...] Temos de ser católicos; isso quer dizer que não podemos estar presos, nem sequer por um fio, a qualquer coisa criada, a não ser à própria criação na sua plenitude... Vivemos em tempos que não têm precedente e, na nossa situação actual, a universalidade, que dantes podia estar implícita, tem que estar completamente explícita. Tem que embeber a nossa linguagem e a totalidade do nosso modo de vida. Hoje em dia, não é sequer suficiente ser santo, mas temos de ter a santidade exigida pelo momento presente, uma nova santidade, ela própria, também sem precedentes.
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
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