Para nos conhecermos a nós mesmos, para nos compreendermos [...] e para pormos, a nós mesmos e aos nossos problemas, em perspetiva, temos, simplesmente, que estabelecer contacto com o nosso espírito. Toda a autocompreensão advém de nos entendermos a nós próprios como seres espirituais e apenas o contacto com o Espírito Santo universal nos pode dar a profundidade e a abrangência para compreender. [...]
O caminho da meditação é muito simples. Tudo o que cada um de nós tem de fazer é ficar o mais quieto possível, de corpo e de espírito. [...] Aprender a meditar é aprender a deixar ir os nossos pensamentos, ideias e imagens e descansar nas profundezas do nosso próprio ser. Lembre-se sempre disso. Não pense; não use outras palavras senão a sua palavra; não imagine coisa alguma. Simplesmente, faça ressoar, recite a palavra nas profundezas do seu espírito e escute-a. Concentre-se nela com toda a sua atenção.
Porque é que isto é tão poderoso? Basicamente, porque nos dá o espaço de que o nosso espírito precisa para respirar. Dá a cada um de nós o espaço para ser ele próprio. Quando estamos a meditar, não precisamos de pedir desculpa por nós nem de nos justificarmos. Tudo o que precisamos é de ser nós próprios, aceitar o dom do nosso próprio ser. […] E nessa aceitação iremos começar a viver a nossa vida em harmonia, harmonia interior, porque tudo na nossa vida alcançará a harmonia com toda a criação, porque teremos encontrado o nosso lugar. E a coisa mais espantosa é que o nosso lugar é nada menos que estar enraizado e alicerçado em Deus.
Medite durante 25 minutos… Sente-se em silêncio e de costas direitas. Feche ligeiramente os olhos. Fique descontraído mas atento. Em silêncio, comece interiormente a dizer apenas a palavra-mantra “Maranatha”. Diga-a em quatro sílabas de igual cadência MA-RA-NA-THA. Oiça-a enquanto a pronuncia, serenamente e sem interrupção. Não pense nem imagine nada espiritual ou qualquer outra coisa. Quando surgirem outros pensamentos não ligue, volte simplesmente a dizer a palavra. Medite 20 a 30 minutos de manhã e fim do dia.
Depois da meditação…
“Sheikh Sarrazi vem do Deserto” (excerto), Rumi , in " A alma do RUMI, tr. Coleman Barks (New York: HarperCollins, 2001), pp. 247-48.
Há comida como o
pão, que alimenta uma parte
da vida, e comida como a luz, para outra parte. Há
muitas regras sobre a contenção
quanto à primeira, mas há apenas uma para a segunda, Nunca estar
satisfeito. Comer e beber
a substância da alma, como faz o pavio com o azeite que absorve.
Dá luz à companhia.
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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