Sábado Santo
Mt 16:1-7 – Olharam e viram que a pedra tinha sido rolada para o lado; e era muito grande.
Hoje não vamos à igreja. Estamos na sala de espera das partidas, aguardando a chegada do avião que nos vai levar numa viagem que temos desejado fazer desde há tanto tempo quanto nos conseguimos recordar.
Na vígília, logo à noite, iremos recordar toda a eternidade da nossa espera, desde o Big Bang, através das nossas sociedades primitivas e da nossa adição à guerra, a nossa gradual iluminação, frequentes recaídas na barbárie e, em última instância, o nosso encontro com a silenciosa, amorosa e invisível fonte do ser, ao nosso próprio nível e na carne. O tempo colapsa sobre si mesmo, sem perder nada do seu significado ou vivacidade. Por um momento, entrevemos a coerência, a unidade e o carácter abençoado de toda a nossa experiência. Até mesmo o pior é incluído e transformado. Mas é uma pedra muito grande.
Dizem que, na primeira versão do Evangelho de S. Marcos, o autor deixou de fora a Ressurreição. Toda a gente sabia que esse é que era o tema mais importante e era muito difícil expressar a Ressurreição por palavras. Quando os evangelhos, de facto, falam dela, contam como as pessoas a experienciaram, em vez de a contar como um circuito fechado de TV a teria captado se ali existisse. Os detalhes intensamente reais, passados de boca em boca, ao longo das décadas que antecederam a sua passagem a escrito, brilham com um significado e um poder que está para além do que parecem. O comum é transfigurado pelo que é real. O significado e o propósito da existência humana revelam-se a si mesmos a um nível mais profundo que o pensamento e este mostra ser o nível em que está a fonte do amor, do amor criativo e redentor.
Uma parte de nós – e não faz mal que assim seja – diz que isto é intrigante, mas, deixa-te de coisas, é bom demais para ser verdade. Cresce e sê realista. É apenas um belo mito. Se negarmos a verdade destas objecções, não estaremos a ser verdadeiros face a essa parte de nós que está desperta e que continua a ser iluminada, ao longo das décadas da nossa vida, por estas notícias. Esta é a parte de nós que busca para além de nós mesmos e para lá das estrelas.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: www.meditacaocrista.com
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Mt 16:1-7 – Olharam e viram que a pedra tinha sido rolada para o lado; e era muito grande.
Hoje não vamos à igreja. Estamos na sala de espera das partidas, aguardando a chegada do avião que nos vai levar numa viagem que temos desejado fazer desde há tanto tempo quanto nos conseguimos recordar.
Na vígília, logo à noite, iremos recordar toda a eternidade da nossa espera, desde o Big Bang, através das nossas sociedades primitivas e da nossa adição à guerra, a nossa gradual iluminação, frequentes recaídas na barbárie e, em última instância, o nosso encontro com a silenciosa, amorosa e invisível fonte do ser, ao nosso próprio nível e na carne. O tempo colapsa sobre si mesmo, sem perder nada do seu significado ou vivacidade. Por um momento, entrevemos a coerência, a unidade e o carácter abençoado de toda a nossa experiência. Até mesmo o pior é incluído e transformado. Mas é uma pedra muito grande.
Dizem que, na primeira versão do Evangelho de S. Marcos, o autor deixou de fora a Ressurreição. Toda a gente sabia que esse é que era o tema mais importante e era muito difícil expressar a Ressurreição por palavras. Quando os evangelhos, de facto, falam dela, contam como as pessoas a experienciaram, em vez de a contar como um circuito fechado de TV a teria captado se ali existisse. Os detalhes intensamente reais, passados de boca em boca, ao longo das décadas que antecederam a sua passagem a escrito, brilham com um significado e um poder que está para além do que parecem. O comum é transfigurado pelo que é real. O significado e o propósito da existência humana revelam-se a si mesmos a um nível mais profundo que o pensamento e este mostra ser o nível em que está a fonte do amor, do amor criativo e redentor.
Uma parte de nós – e não faz mal que assim seja – diz que isto é intrigante, mas, deixa-te de coisas, é bom demais para ser verdade. Cresce e sê realista. É apenas um belo mito. Se negarmos a verdade destas objecções, não estaremos a ser verdadeiros face a essa parte de nós que está desperta e que continua a ser iluminada, ao longo das décadas da nossa vida, por estas notícias. Esta é a parte de nós que busca para além de nós mesmos e para lá das estrelas.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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