Quaresma 2015 – 2º Domingo da Quaresma
Marcos 9, 2: Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os só a eles a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
O grande - e complexo – novelista Henry James foi levado por uns amigos travessos a um espetáculo de fantoches grotesco. Eles ficaram admirados ao verem como ele ficou totalmente absorto nessa forma de teatro tão elementar. Depois do espetáculo ele permaneceu em silêncio até lhe perguntarem o que é que ele tinha achado. ‘Que economia de meios’ respondeu e acrescentou, melancolicamente, ‘que economia de fins’.
Podia dizer-se o mesmo do evangelho e todas as suas histórias, como o relato de hoje, de como Jesus se transfigurou em luz perante os amigos mais chegados que ele levou com ele para o cimo da montanha. O relato é muito sóbrio (economia de meios) e o significado é tão simples que desafia uma explicação fácil (economia de fins). Quando o Dalai Lama comentou este passo, não o descreveu metaforicamente, mas falou dele como um exemplo do que o pensamento tibetano chama de corpo subtil.
Normalmente a verdade tem esta economia. Quanto mais analisamos, complicamos e definimos mais divergimos da verdade. Geralmente falamos demais de coisas que não percebemos e muito menos de coisas cuja verdade nós sentimos mesmo. É por isso que a meditação é tão económica, eliminando o desperdício de pensamentos e palavras no trabalho do silêncio e conduzindo diretamente ao fim singelo.
Na história da Transfiguração, Pedro (como de costume) reage erroneamente ao falar, mas sem saber o que estava a dizer porque ‘eles estavam cheios de medo’. Porque é que a verdade – e a simplicidade que é a substância da verdade – nos assusta tanto? Porque é que o silêncio (o deixar ir dos pensamentos) é tão desafiador? Porque é que é difícil dizer o mantra fielmente? Porque é que as disciplinas simples da Quaresma que há pouco encetámos nos parecem muitas vezes demasiadas?
Será porque achamos demasiado simples harmonizar os meios e os fins de um modo que nos traz a nós próprios na glória radiante do presente?
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
Marcos 9, 2: Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os só a eles a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles.
O grande - e complexo – novelista Henry James foi levado por uns amigos travessos a um espetáculo de fantoches grotesco. Eles ficaram admirados ao verem como ele ficou totalmente absorto nessa forma de teatro tão elementar. Depois do espetáculo ele permaneceu em silêncio até lhe perguntarem o que é que ele tinha achado. ‘Que economia de meios’ respondeu e acrescentou, melancolicamente, ‘que economia de fins’.
Podia dizer-se o mesmo do evangelho e todas as suas histórias, como o relato de hoje, de como Jesus se transfigurou em luz perante os amigos mais chegados que ele levou com ele para o cimo da montanha. O relato é muito sóbrio (economia de meios) e o significado é tão simples que desafia uma explicação fácil (economia de fins). Quando o Dalai Lama comentou este passo, não o descreveu metaforicamente, mas falou dele como um exemplo do que o pensamento tibetano chama de corpo subtil.
Normalmente a verdade tem esta economia. Quanto mais analisamos, complicamos e definimos mais divergimos da verdade. Geralmente falamos demais de coisas que não percebemos e muito menos de coisas cuja verdade nós sentimos mesmo. É por isso que a meditação é tão económica, eliminando o desperdício de pensamentos e palavras no trabalho do silêncio e conduzindo diretamente ao fim singelo.
Na história da Transfiguração, Pedro (como de costume) reage erroneamente ao falar, mas sem saber o que estava a dizer porque ‘eles estavam cheios de medo’. Porque é que a verdade – e a simplicidade que é a substância da verdade – nos assusta tanto? Porque é que o silêncio (o deixar ir dos pensamentos) é tão desafiador? Porque é que é difícil dizer o mantra fielmente? Porque é que as disciplinas simples da Quaresma que há pouco encetámos nos parecem muitas vezes demasiadas?
Será porque achamos demasiado simples harmonizar os meios e os fins de um modo que nos traz a nós próprios na glória radiante do presente?
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/