Quaresma 2015 – Segunda-feira da 3ª Semana
Lucas 4, 24: Jesus acrescentou depois: “Em verdade vos digo, nenhum profeta é bem recebido na sua pátria”.
Como foi possível uma perspetiva de vida tão radicalmente contracultura à ideia do sucesso mundano ter-se tornado numa religião universal? Foi com hierarquias, planificadores estratégicos, forças políticas e um desejo de tornar todos seus adeptos? Foi porque não tem medo do pecado. Porque vê o seu fundador como “tornando-se pecado para nos salvar”. Porque se trata de encarnação e não de sublimação.
Mas nunca deveríamos de esquecer – e a Quaresma não deixa que isso aconteça - que não podemos procurar o sucesso, o reconhecimento, a aclamação como verdadeiros objetivos de vida, e sermos autênticos.
Há muitas pessoas que sentem que falham no que respeita à meditação. Sim, falham. E não falham. É verdade que não atingem a perfeição que almejam e isso parece-lhes uma falha grande. Então muitos desistem porque se deixaram condicionar pelo seu ego ao pensar que só o sucesso importa. Só o sucesso é recompensado. Grande erro. Aqueles que persistem na prática, acordam, no processo de falhanço, para a descoberta de que, embora não sendo perfeitos, estão a caminho de uma vitória que nem sequer tinham imaginado. É a vitória da fidelidade: a força da transformação radical. Na meditação não marcamos golos mas ganhamos o jogo. A maior parte das pessoas que se mantêm fiéis à prática encontram a liberdade interior que vem juntamente com uma disciplina a que nos entregámos. Acrescentarão, de um modo auto depreciativo, que não são bons meditadores.
Não há nenhuma outra experiência como a da meditação. É extremamente difícil defini-la porque é uma entrada numa simplicidade tão radical que até perdemos as palavras para a descrever. Porque penetra, suavemente, no mais profundo centro da nossa existência, envolve e influencia tudo na nossa vida com uma capacidade maravilhosa de unificar. O passado e o futuro fundem-se no presente. Os medos e as obsessões derretem-se. Vemos o lado bom dos nossos inimigos. Expandimo-nos pelo amor e expandimos o mundo pelo amor. Toda a consciência contemplativa (isto não significa ‘eu’) é capaz, até certo ponto, de absorver o mal no bem.
No processo a tensão arterial baixa, o stress é reduzido e ajuda-nos a dormir melhor à noite. Estas são apenas algumas das notas de uma grande música de ser, que nos tornámos capazes de ouvir ao integrarmos a meditação na nossa vida. Até vemos a música a tocar no nosso dia-a-dia.
Mas isso pode desencorajá-lo por soar demasiado místico. Contudo, com o foco na simples tomada de consciência, na centralidade do outro e no auto-conhecimento que a Quaresma desenvolve, despertamos para o quão simples e unificado – e ‘bom’ de um modo que vai mais fundo do que qualquer sentido moral da palavra – é cada momento de cada dia. É por isso que persistimos e ignoramos o sentimento egocêntrico de falhanço e não nos preocupamos com o que dizem as pessoas.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: http://www.meditacaocrista.com/
Canal youtube: http://www.youtube.com/user/meditacaocrista
Facebook: http://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Lucas 4, 24: Jesus acrescentou depois: “Em verdade vos digo, nenhum profeta é bem recebido na sua pátria”.
Como foi possível uma perspetiva de vida tão radicalmente contracultura à ideia do sucesso mundano ter-se tornado numa religião universal? Foi com hierarquias, planificadores estratégicos, forças políticas e um desejo de tornar todos seus adeptos? Foi porque não tem medo do pecado. Porque vê o seu fundador como “tornando-se pecado para nos salvar”. Porque se trata de encarnação e não de sublimação.
Mas nunca deveríamos de esquecer – e a Quaresma não deixa que isso aconteça - que não podemos procurar o sucesso, o reconhecimento, a aclamação como verdadeiros objetivos de vida, e sermos autênticos.
Há muitas pessoas que sentem que falham no que respeita à meditação. Sim, falham. E não falham. É verdade que não atingem a perfeição que almejam e isso parece-lhes uma falha grande. Então muitos desistem porque se deixaram condicionar pelo seu ego ao pensar que só o sucesso importa. Só o sucesso é recompensado. Grande erro. Aqueles que persistem na prática, acordam, no processo de falhanço, para a descoberta de que, embora não sendo perfeitos, estão a caminho de uma vitória que nem sequer tinham imaginado. É a vitória da fidelidade: a força da transformação radical. Na meditação não marcamos golos mas ganhamos o jogo. A maior parte das pessoas que se mantêm fiéis à prática encontram a liberdade interior que vem juntamente com uma disciplina a que nos entregámos. Acrescentarão, de um modo auto depreciativo, que não são bons meditadores.
Não há nenhuma outra experiência como a da meditação. É extremamente difícil defini-la porque é uma entrada numa simplicidade tão radical que até perdemos as palavras para a descrever. Porque penetra, suavemente, no mais profundo centro da nossa existência, envolve e influencia tudo na nossa vida com uma capacidade maravilhosa de unificar. O passado e o futuro fundem-se no presente. Os medos e as obsessões derretem-se. Vemos o lado bom dos nossos inimigos. Expandimo-nos pelo amor e expandimos o mundo pelo amor. Toda a consciência contemplativa (isto não significa ‘eu’) é capaz, até certo ponto, de absorver o mal no bem.
No processo a tensão arterial baixa, o stress é reduzido e ajuda-nos a dormir melhor à noite. Estas são apenas algumas das notas de uma grande música de ser, que nos tornámos capazes de ouvir ao integrarmos a meditação na nossa vida. Até vemos a música a tocar no nosso dia-a-dia.
Mas isso pode desencorajá-lo por soar demasiado místico. Contudo, com o foco na simples tomada de consciência, na centralidade do outro e no auto-conhecimento que a Quaresma desenvolve, despertamos para o quão simples e unificado – e ‘bom’ de um modo que vai mais fundo do que qualquer sentido moral da palavra – é cada momento de cada dia. É por isso que persistimos e ignoramos o sentimento egocêntrico de falhanço e não nos preocupamos com o que dizem as pessoas.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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