Quaresma 2015 – 3ª feira da 1ª semana
Mateus 6:7-15: O nosso Pai que está nos Céus
As gotas de água suspensas, precariamente, do ramo delgado de uma árvore nua são uma imagem mais próxima de Deus, do que as imagens que inventamos de tronos em santuários ou cadeiras de couro no escritório de um CEO.
Porque será que queremos fazer de Deus uma força tão poderosa que trabalha (como gostamos de imaginar) intervindo e controlando situações e trazendo soluções confortáveis para os seus favoritos? Imaginamos o nosso pai dos céus sentado num trono tão poderoso porque o céu é como o salão de primeira classe, a faixa da via rápida, o clube privado. Esperamos encontrar o melhor dos mobiliário nesses lugares. Um Deus assim projetado será sempre inacessível e incognoscível, porque – assim como os ricos, os famosos e todos os poderosos deste mundo – ele tem de ser adorado, temido e adulado a partir da distância intransponível estabelecida entre o comum e o divino.
Mas e se a verdadeira natureza e ‘poder’ de Deus fossem expressos em metáforas humanas completamente diferentes? Que tal se o céu fosse um lugar onde não houvesse distinções sociais, onde o vulnerável fosse mais poderoso do que o opressor? A fragilidade, a ternura, o marginal, o simplesmente belo em vez do magnífico? Estes conceitos são muito mais difíceis de tomar como símbolos do que significam Deus, o verbo e o céu, o lugar não-espacial. No entanto, eles falam- nos com uma verdade maior e deixam-nos uma impressão mais profunda. Eles levam-nos mais perto da verdade, ao ajudarem-nos a ver as coisas como elas são realmente, num mundo onde habitualmente tecemos ilusões de sucesso para esconder os nossos medos e inseguranças.
Num dia equilibrado entre os dois períodos de meditação, da manhã e do fim de tarde, as subtilezas verdadeiras da vida levam a melhor sobre os hábitos de fantasia. Nos dias da Quaresma, quando o espírito de autocontrolo e a atenção cuidadosa ao detalhe aguçarem a nossa perceção e amaciarem a nossa ansiedade, Deus e o céu descerão à terra.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
Mateus 6:7-15: O nosso Pai que está nos Céus
As gotas de água suspensas, precariamente, do ramo delgado de uma árvore nua são uma imagem mais próxima de Deus, do que as imagens que inventamos de tronos em santuários ou cadeiras de couro no escritório de um CEO.
Porque será que queremos fazer de Deus uma força tão poderosa que trabalha (como gostamos de imaginar) intervindo e controlando situações e trazendo soluções confortáveis para os seus favoritos? Imaginamos o nosso pai dos céus sentado num trono tão poderoso porque o céu é como o salão de primeira classe, a faixa da via rápida, o clube privado. Esperamos encontrar o melhor dos mobiliário nesses lugares. Um Deus assim projetado será sempre inacessível e incognoscível, porque – assim como os ricos, os famosos e todos os poderosos deste mundo – ele tem de ser adorado, temido e adulado a partir da distância intransponível estabelecida entre o comum e o divino.
Mas e se a verdadeira natureza e ‘poder’ de Deus fossem expressos em metáforas humanas completamente diferentes? Que tal se o céu fosse um lugar onde não houvesse distinções sociais, onde o vulnerável fosse mais poderoso do que o opressor? A fragilidade, a ternura, o marginal, o simplesmente belo em vez do magnífico? Estes conceitos são muito mais difíceis de tomar como símbolos do que significam Deus, o verbo e o céu, o lugar não-espacial. No entanto, eles falam- nos com uma verdade maior e deixam-nos uma impressão mais profunda. Eles levam-nos mais perto da verdade, ao ajudarem-nos a ver as coisas como elas são realmente, num mundo onde habitualmente tecemos ilusões de sucesso para esconder os nossos medos e inseguranças.
Num dia equilibrado entre os dois períodos de meditação, da manhã e do fim de tarde, as subtilezas verdadeiras da vida levam a melhor sobre os hábitos de fantasia. Nos dias da Quaresma, quando o espírito de autocontrolo e a atenção cuidadosa ao detalhe aguçarem a nossa perceção e amaciarem a nossa ansiedade, Deus e o céu descerão à terra.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal