Quaresma 2015
Sexta-feira depois das Cinzas
Mt 9:14-15 – “Será que os convidados do casamento podem estar de luto enquanto com eles está o noivo?”
Numa era digital, a realidade virtual parece mais conveniente que a verdadeira realidade. Os caprichos podem ser satisfeitos no próprio momento. Podemos pagar um extra para receber o que queremos no próprio dia. Se o nome dum actor está debaixo da língua, o Google ajuda a nossa memória. Quando queremos vegetais fora de época, basta procurarmos o supermercado indicado. Na prática, estes são benefícios da vida do séc. XXI (no Primeiro Mundo) que temos relutância em abandonar.
No entanto, o perigo crescente é uma distância incapacitante face ao mundo, em que o desapontamento e a perda são inevitáveis. Sentimos que os nossos direitos humanos foram desrespeitados quando apenas os nossos meros desejos de consumo foram negados. A satisfação torna-se num sentimento superficial que nos torna permanentemente vulneráveis, dissociados e auto-centrados.
Jesus defendeu os Seus discípulos por não fazerem jejum enquanto Ele estava com eles. Ele deve ter sido uma companhia alegre e muito estimulante. Mas avisou-os de que viria em breve a separação e que se deviam preparar para a perda. Para tudo na vida há um ciclo de tempo que nem a melhor abastecida loja de conveniência pode mudar.
Blake dizia “beijar a alegria enquanto voa”. As práticas da Quaresma, suportadas nos alicerces da meditação diária, ajudam-nos a ser ao mesmo tempo realistas e felizes. As duas coisas andam de mãos dadas, duma forma que o consumismo – o materialismo – nunca poderá imitar.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
Sexta-feira depois das Cinzas
Mt 9:14-15 – “Será que os convidados do casamento podem estar de luto enquanto com eles está o noivo?”
Numa era digital, a realidade virtual parece mais conveniente que a verdadeira realidade. Os caprichos podem ser satisfeitos no próprio momento. Podemos pagar um extra para receber o que queremos no próprio dia. Se o nome dum actor está debaixo da língua, o Google ajuda a nossa memória. Quando queremos vegetais fora de época, basta procurarmos o supermercado indicado. Na prática, estes são benefícios da vida do séc. XXI (no Primeiro Mundo) que temos relutância em abandonar.
No entanto, o perigo crescente é uma distância incapacitante face ao mundo, em que o desapontamento e a perda são inevitáveis. Sentimos que os nossos direitos humanos foram desrespeitados quando apenas os nossos meros desejos de consumo foram negados. A satisfação torna-se num sentimento superficial que nos torna permanentemente vulneráveis, dissociados e auto-centrados.
Jesus defendeu os Seus discípulos por não fazerem jejum enquanto Ele estava com eles. Ele deve ter sido uma companhia alegre e muito estimulante. Mas avisou-os de que viria em breve a separação e que se deviam preparar para a perda. Para tudo na vida há um ciclo de tempo que nem a melhor abastecida loja de conveniência pode mudar.
Blake dizia “beijar a alegria enquanto voa”. As práticas da Quaresma, suportadas nos alicerces da meditação diária, ajudam-nos a ser ao mesmo tempo realistas e felizes. As duas coisas andam de mãos dadas, duma forma que o consumismo – o materialismo – nunca poderá imitar.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal