Sexta-feira Santa
Jo 19:1-19:42 – “Ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”
Hoje, passamos, com Jesus, do jardim onde Ele é traído por Judas para o espectáculo judicial durante o qual Ele é negado por Pedro, rejeitado pelos Seus compatriotas, ridicularizado pela potência ocupante, torturado e crucificado.
As Suas últimas palavras, segundo este relato, não são em defesa própria, não são um discurso, não são uma acusação, mas uma simples afirmação de que, fosse qual fosse o propósito contido na Sua vida, esse está agora terminado. É ambíguo. Olhando para trás, poderíamos dizer tudo está terminado, um fracasso irrecuperável. Olhando para diante, conseguimos entender estas palavras como querendo dizer que agora está completo, que tudo foi cumprido como era suposto.
Mas o momento da morte é um momento presente, nem para olhar para trás, nem para olhar para a frente, para fazer julgamentos ou fazer reviver a esperança. Uma absoluta quietude. É por isso que os detalhes, neste momento, têm uma definição tão precisa, embora não seja possível dizer o que significam. A esponja, o vinagre, o hissopo. O gesto, profundo mas ineficaz, de conforto a um moribundo.
Esta a característica de tipo zen da Paixão de Jesus. É vívida, tão vívida e não conceptual como o nosso próprio sofrimento e desolação. No entanto, não há uma falsa consolação, um “vai tudo ficar bem” ou um tímido meio abraço dum estranho. Ou estamos dentro, ou estamos fora neste momento. E, se estivermos do lado de dentro, com Ele, n’Ele, como Ele disse que permaneceria com e em nós, então este não é o momento para explicações. Hoje, na Igreja, lemos o Evangelho, fazemos orações. Mas a razão real pela qual ali estamos é para nos pormos na fila de pessoas que, silenciosa e voluntariamente, se levantam dos seus educados bancos, percorrem o corredor para ir beijar a Cruz em que Ele morreu.
Com amor,
Laurence
WCCM Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: www.meditacaocrista.com
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Jo 19:1-19:42 – “Ensopando no vinagre uma esponja fixada num ramo de hissopo, chegaram-lha à boca. Quando tomou o vinagre, Jesus disse: «Tudo está consumado.» E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.”
Hoje, passamos, com Jesus, do jardim onde Ele é traído por Judas para o espectáculo judicial durante o qual Ele é negado por Pedro, rejeitado pelos Seus compatriotas, ridicularizado pela potência ocupante, torturado e crucificado.
As Suas últimas palavras, segundo este relato, não são em defesa própria, não são um discurso, não são uma acusação, mas uma simples afirmação de que, fosse qual fosse o propósito contido na Sua vida, esse está agora terminado. É ambíguo. Olhando para trás, poderíamos dizer tudo está terminado, um fracasso irrecuperável. Olhando para diante, conseguimos entender estas palavras como querendo dizer que agora está completo, que tudo foi cumprido como era suposto.
Mas o momento da morte é um momento presente, nem para olhar para trás, nem para olhar para a frente, para fazer julgamentos ou fazer reviver a esperança. Uma absoluta quietude. É por isso que os detalhes, neste momento, têm uma definição tão precisa, embora não seja possível dizer o que significam. A esponja, o vinagre, o hissopo. O gesto, profundo mas ineficaz, de conforto a um moribundo.
Esta a característica de tipo zen da Paixão de Jesus. É vívida, tão vívida e não conceptual como o nosso próprio sofrimento e desolação. No entanto, não há uma falsa consolação, um “vai tudo ficar bem” ou um tímido meio abraço dum estranho. Ou estamos dentro, ou estamos fora neste momento. E, se estivermos do lado de dentro, com Ele, n’Ele, como Ele disse que permaneceria com e em nós, então este não é o momento para explicações. Hoje, na Igreja, lemos o Evangelho, fazemos orações. Mas a razão real pela qual ali estamos é para nos pormos na fila de pessoas que, silenciosa e voluntariamente, se levantam dos seus educados bancos, percorrem o corredor para ir beijar a Cruz em que Ele morreu.
Com amor,
Laurence
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