
Primeiro Domingo da Quaresma
O Evangelho para este Primeiro Domingo é Lucas 4:1-13. Lucas escrevia para uma audiência em grande número composta por não judeus e demonstra um marcado interesse pelo papel das mulheres e pela condição dos pobres. Nesta passagem, Jesus é conduzido pelo Espírito ao deserto e submete-se ao clássico teste ao Seu carácter – enfrentando as exigências do Seu ego de auto-suficiência e de auto-importância, as quais Ele consegue compreender e, assim, ficar livre para abraçar o Seu eu verdadeiro e a Sua missão.
“Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome. Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» […]
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.”
Há aqui muito sobre o que reflectirmos ao longo da próxima semana. Vale a pena comparar com a versão mais simples e mais concisa de Marcos e até mesmo aprendê-la de cor. O que é que significa “o Espírito”? Alguma vez O/A sentistes a conduzir-vos para alguma coisa? Já alguma vez sentistes que devíeis ter feito alguma coisa, mas que não o conseguistes ou vos recusastes a fazer por medo ou dúvida? Se não for esse o caso, passai à questão seguinte.
O que é que “o deserto” pode simbolizar para vós? Em Israel, esse estado pequenino e infinitamente problemático, o relativamente pequeno Deserto da Judeia não fica longe de Jerusalém, mas é certamente seco e conduz ao Mar Morto. Onde é que ocorreram os vossos períodos de secura? Talvez não tenham ocorrido por escolha vossa. Mas também não é algo desconhecido que as pessoas queiram desapegar-se duma superabundância de rega – afastar-se dos media, do trabalho, das multidões ou dos falsos fantasmas da própria pessoa. O que é que nessa altura buscáveis? Na meditação, procurais essa qualidade de verdade que encontrais no deserto ou apenas mais outra forma de rega?
“Tentado por Satanás” poderia ser traduzido por “empurrado até aos seus limites” – onde não queremos ir no caso de cairmos da beira do mundo conhecido. Alguma vez chegastes aos vossos limites?
As “feras”, que Marcos refere, saltam à noite dos armários do inconsciente. Depois de encaradas, elas mirram e desaparecem e toda a força que transportavam acumula-se em vosso benefício para sempre. Tendo perfurado as grilhetas da ilusão e descoberto o Seu verdadeiro “eu”, Jesus regressa ao mundo e diz o que tem a dizer, de modo simples e incisivo. O que está dito, dito está e não se pode desdizer. Há urgência, imediatismo, uma esperança inesperada, um chamamento sem ambiguidade a uma mudança de mentalidade.
Ao longo dos quarenta dias, as nossas breves incursões no deserto da meditação poderão revelar descobertas surpreendentes e maravilhosas. Tememos as grandes surpresas da vida – como uma mudança de disposição mental. Mas e se, no fim de tudo, nada houvesse a temer no deserto ou em qualquer outro lugar? Nada a perder excepto as nossas limitações?
Com amor
Laurence
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
O Evangelho para este Primeiro Domingo é Lucas 4:1-13. Lucas escrevia para uma audiência em grande número composta por não judeus e demonstra um marcado interesse pelo papel das mulheres e pela condição dos pobres. Nesta passagem, Jesus é conduzido pelo Espírito ao deserto e submete-se ao clássico teste ao Seu carácter – enfrentando as exigências do Seu ego de auto-suficiência e de auto-importância, as quais Ele consegue compreender e, assim, ficar livre para abraçar o Seu eu verdadeiro e a Sua missão.
“Cheio do Espírito Santo, Jesus retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde esteve durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses dias e, quando eles terminaram, sentiu fome. Disse-lhe o diabo: «Se és Filho de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» […]
Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto dele, até um certo tempo.”
Há aqui muito sobre o que reflectirmos ao longo da próxima semana. Vale a pena comparar com a versão mais simples e mais concisa de Marcos e até mesmo aprendê-la de cor. O que é que significa “o Espírito”? Alguma vez O/A sentistes a conduzir-vos para alguma coisa? Já alguma vez sentistes que devíeis ter feito alguma coisa, mas que não o conseguistes ou vos recusastes a fazer por medo ou dúvida? Se não for esse o caso, passai à questão seguinte.
O que é que “o deserto” pode simbolizar para vós? Em Israel, esse estado pequenino e infinitamente problemático, o relativamente pequeno Deserto da Judeia não fica longe de Jerusalém, mas é certamente seco e conduz ao Mar Morto. Onde é que ocorreram os vossos períodos de secura? Talvez não tenham ocorrido por escolha vossa. Mas também não é algo desconhecido que as pessoas queiram desapegar-se duma superabundância de rega – afastar-se dos media, do trabalho, das multidões ou dos falsos fantasmas da própria pessoa. O que é que nessa altura buscáveis? Na meditação, procurais essa qualidade de verdade que encontrais no deserto ou apenas mais outra forma de rega?
“Tentado por Satanás” poderia ser traduzido por “empurrado até aos seus limites” – onde não queremos ir no caso de cairmos da beira do mundo conhecido. Alguma vez chegastes aos vossos limites?
As “feras”, que Marcos refere, saltam à noite dos armários do inconsciente. Depois de encaradas, elas mirram e desaparecem e toda a força que transportavam acumula-se em vosso benefício para sempre. Tendo perfurado as grilhetas da ilusão e descoberto o Seu verdadeiro “eu”, Jesus regressa ao mundo e diz o que tem a dizer, de modo simples e incisivo. O que está dito, dito está e não se pode desdizer. Há urgência, imediatismo, uma esperança inesperada, um chamamento sem ambiguidade a uma mudança de mentalidade.
Ao longo dos quarenta dias, as nossas breves incursões no deserto da meditação poderão revelar descobertas surpreendentes e maravilhosas. Tememos as grandes surpresas da vida – como uma mudança de disposição mental. Mas e se, no fim de tudo, nada houvesse a temer no deserto ou em qualquer outro lugar? Nada a perder excepto as nossas limitações?
Com amor
Laurence
Comunidade Mundial de Meditação Cristã - Portugal
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