
Quarta-feira da 2ª Semana da Quaresma
Até amanhã. Vamos tratar disso até ao trimestre que vem. Temos de fazer um modelo a longo prazo de sustentabilidade. Vamos planear o próximo passo. (conversa diária)
A forma atual deste mundo passa…. O mundo com todos os seus desejos está a desaparecer. Vigiai porque não sabeis o dia nem a hora. (Novo Testamento)
Tudo o que é sólido dissolve-se no ar, tudo o que é sagrado é profanado e o homem é finalmente levado a enfrentar com sobriedade as suas reais condições de vida e o seu relacionamento com a sua espécie. (Manifesto Comunista de Karl Marx)
S. Bento apresenta aos seus monges três votos: estabilidade e conversão, que são diametralmente opostos. Um tem a ver com permanecer fixo e o outro trata de mudança permanente. Contudo, o terceiro baralha-os: obediência. Isto significa mantê-los suspensos, até mesmo a estabilidade. Obediência significa uma sensibilização contínua e altamente sintonizada e uma capacidade de resposta à ação do Espírito, em todas as circunstância e relacionamentos que a vida nos traz.
Em qualquer momento, pode surgir o inesperado e, mesmo que tal não aconteça, não se pode fugir à lei da entropia. A energia pode esgotar-se, eventualmente, em qualquer sistema. Podemos negar essa lei da mudança constante (você pode acelerar o ritmo desta leitura) e planearmos uma data de coisas num bom exemplo de denegação. Ou então podemos desistir de tentar criar seja o que for, porque tudo se dissolve. O que é que interessa? Ou então podemos viver no momento presente, reconhecendo devidamente o passado e o futuro e aceitar o risco de viver.
Vivemos em tempos turbulentos e cronicamente inseguros. Houve períodos da história que enfrentaram crises ainda piores, mas nós estamos numa situação particularmente difícil, dada a nossa fraca capacidade em dar sentido às coisas. Numa cultura de constantes estímulos, objetivos e programas de vida externos, a vida interior, que é a necessária para nos dar sentido, está num nível muito baixo. O sentido está na relação e a relação começa entre as nossas vidas interior e exterior.
É por isso que a meditação, apesar de não resolver problemas, transforma o modo como os encaramos. Vemos isso no que toca ao desapego sob pressão ou à calma onde a fúria e o desespero tomariam, normalmente, conta de nós.
Quando a meditação passa a fazer parte da nossa vida, o princípio da estabilidade é respeitado através da prática regular – aconteça o que acontecer. E assim é também o princípio da conversão, a constante abertura à mudança. Já não estamos a ter a experiência de como a vida a nos arranca coisas. Estamos, sim, a deixá-las ir.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
http://www.meditacaocrista.com/
Até amanhã. Vamos tratar disso até ao trimestre que vem. Temos de fazer um modelo a longo prazo de sustentabilidade. Vamos planear o próximo passo. (conversa diária)
A forma atual deste mundo passa…. O mundo com todos os seus desejos está a desaparecer. Vigiai porque não sabeis o dia nem a hora. (Novo Testamento)
Tudo o que é sólido dissolve-se no ar, tudo o que é sagrado é profanado e o homem é finalmente levado a enfrentar com sobriedade as suas reais condições de vida e o seu relacionamento com a sua espécie. (Manifesto Comunista de Karl Marx)
S. Bento apresenta aos seus monges três votos: estabilidade e conversão, que são diametralmente opostos. Um tem a ver com permanecer fixo e o outro trata de mudança permanente. Contudo, o terceiro baralha-os: obediência. Isto significa mantê-los suspensos, até mesmo a estabilidade. Obediência significa uma sensibilização contínua e altamente sintonizada e uma capacidade de resposta à ação do Espírito, em todas as circunstância e relacionamentos que a vida nos traz.
Em qualquer momento, pode surgir o inesperado e, mesmo que tal não aconteça, não se pode fugir à lei da entropia. A energia pode esgotar-se, eventualmente, em qualquer sistema. Podemos negar essa lei da mudança constante (você pode acelerar o ritmo desta leitura) e planearmos uma data de coisas num bom exemplo de denegação. Ou então podemos desistir de tentar criar seja o que for, porque tudo se dissolve. O que é que interessa? Ou então podemos viver no momento presente, reconhecendo devidamente o passado e o futuro e aceitar o risco de viver.
Vivemos em tempos turbulentos e cronicamente inseguros. Houve períodos da história que enfrentaram crises ainda piores, mas nós estamos numa situação particularmente difícil, dada a nossa fraca capacidade em dar sentido às coisas. Numa cultura de constantes estímulos, objetivos e programas de vida externos, a vida interior, que é a necessária para nos dar sentido, está num nível muito baixo. O sentido está na relação e a relação começa entre as nossas vidas interior e exterior.
É por isso que a meditação, apesar de não resolver problemas, transforma o modo como os encaramos. Vemos isso no que toca ao desapego sob pressão ou à calma onde a fúria e o desespero tomariam, normalmente, conta de nós.
Quando a meditação passa a fazer parte da nossa vida, o princípio da estabilidade é respeitado através da prática regular – aconteça o que acontecer. E assim é também o princípio da conversão, a constante abertura à mudança. Já não estamos a ter a experiência de como a vida a nos arranca coisas. Estamos, sim, a deixá-las ir.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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