
Sábado Santo
Santo Antão (Santo António do Deserto) uma vez chamou a si todos os monges. Quando se juntaram disse-lhes: “Somente respirem Cristo” e mandou-os embora.
De uma forma incomum para a maioria das filosofias religiosas o Budismo Tibetano oferece uma descrição bastante confiante do que acontece após a morte. Embora sejamos naturalmente curiosos, ficamos também, a maioria de nós, satisfeitos por nos mantermos ignorantes sobre a viagem que continuamos neste sombrio reino. O mais fácil de tudo é acreditar que nada acontece. Que esta vida é tudo o que existe, e que depois de a luz da consciência se apagar há infinita escuridão.
Os tibetanos acreditam que, para a maioria de nós, ao entrar na morte há um estado inicial de inconsciência. A este seguem-se, porém, seis reinos bardo, estados de transição, com muito vívidas visões e perceções. Passamos por eles até o renascimento acontecer. De uma perspetiva, tudo é transitório, até a própria vida. De outra perspetiva, todos os estados, mesmo o que ocorre entre duas respirações ou dois pensamentos, é um mundo por si só, com um particular significado e propósito. O dia de hoje é um reino bardo mas algo está de certeza a acontecer.
O entendimento cristão do significado de Sábado Santo, a transição entre a morte e a ressurreição de Jesus, é o de que Ele esteve intensamente ativo. Ele desceu aos infernos. Ele penetrou nas mais profundas e escuras camadas do humano, até aonde o humano inicialmente emergiu, até aonde a consciência começa. Ele mergulhou fundo e cada vez mais fundo. Ao contrário da maioria de nós, Ele não foi desviado pelo vívido conteúdo dos diferentes reinos. Viu-os como projeções da consciência, não como a consciência em si mesma.
A verdade e o amor que Ele tinha descoberto ao longo da Sua vida e que almejava partilhar impulsionava-O agora como um míssil de redenção. A Sua missão de irresistível compaixão harmoniza todas as camadas da consciência com a própria realidade.
Agora, não há sítio algum aonde possamos ir no qual Ele não tenha estado e estando consciente de aí estar. Até a inconsciência foi impregnada com a semente da consciência amorosa. À medida que fazemos o nosso próprio progresso através dos reinos bardo e encontramos a Sua presença, o medo dissolve-se assim que se forma.
Em vez de ao renascimento, somos conduzidos para lá do ciclo de repetição para o estado de Ressurreição onde já não inspiramos nem expiramos. Nós simplesmente respiramos Cristo.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Santo Antão (Santo António do Deserto) uma vez chamou a si todos os monges. Quando se juntaram disse-lhes: “Somente respirem Cristo” e mandou-os embora.
De uma forma incomum para a maioria das filosofias religiosas o Budismo Tibetano oferece uma descrição bastante confiante do que acontece após a morte. Embora sejamos naturalmente curiosos, ficamos também, a maioria de nós, satisfeitos por nos mantermos ignorantes sobre a viagem que continuamos neste sombrio reino. O mais fácil de tudo é acreditar que nada acontece. Que esta vida é tudo o que existe, e que depois de a luz da consciência se apagar há infinita escuridão.
Os tibetanos acreditam que, para a maioria de nós, ao entrar na morte há um estado inicial de inconsciência. A este seguem-se, porém, seis reinos bardo, estados de transição, com muito vívidas visões e perceções. Passamos por eles até o renascimento acontecer. De uma perspetiva, tudo é transitório, até a própria vida. De outra perspetiva, todos os estados, mesmo o que ocorre entre duas respirações ou dois pensamentos, é um mundo por si só, com um particular significado e propósito. O dia de hoje é um reino bardo mas algo está de certeza a acontecer.
O entendimento cristão do significado de Sábado Santo, a transição entre a morte e a ressurreição de Jesus, é o de que Ele esteve intensamente ativo. Ele desceu aos infernos. Ele penetrou nas mais profundas e escuras camadas do humano, até aonde o humano inicialmente emergiu, até aonde a consciência começa. Ele mergulhou fundo e cada vez mais fundo. Ao contrário da maioria de nós, Ele não foi desviado pelo vívido conteúdo dos diferentes reinos. Viu-os como projeções da consciência, não como a consciência em si mesma.
A verdade e o amor que Ele tinha descoberto ao longo da Sua vida e que almejava partilhar impulsionava-O agora como um míssil de redenção. A Sua missão de irresistível compaixão harmoniza todas as camadas da consciência com a própria realidade.
Agora, não há sítio algum aonde possamos ir no qual Ele não tenha estado e estando consciente de aí estar. Até a inconsciência foi impregnada com a semente da consciência amorosa. À medida que fazemos o nosso próprio progresso através dos reinos bardo e encontramos a Sua presença, o medo dissolve-se assim que se forma.
Em vez de ao renascimento, somos conduzidos para lá do ciclo de repetição para o estado de Ressurreição onde já não inspiramos nem expiramos. Nós simplesmente respiramos Cristo.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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