
Terça-feira da Semana Santa
Começámos o retiro da Semana Santa na Ilha de Bere. Isso explica em parte porque me atrasei a enviar esta reflexão diária – pelo que peço desculpa ao maravilhoso grupo de tradutores na nossa comunidade que estão a traduzir em dez idiomas.
Tenho apreciado muitos leitores destas reflexões diárias por terem tempo para me mandarem os seus comentários. Isto lembrou-me que somos todos parte de uma conversa. A palavra ‘conversa’ evoca, geralmente, o sentido de falarmos em conjunto, mas este é um significado tardio – do séc. XVI, julgo. O seu significado original é sugerido pelo voto de S. Bento de ‘conversatio morum’, mudança nos valores e no nosso modo de vida.
A conversa, ou conversação, é fundamentalmente ‘voltar-se para’ algo em conjunto, treinando a nossa atenção num ponto comum e ‘vivendo juntos’ naquele modo de olhar e ver. (Olhar para nem sempre é ver. Mas há que olhar primeiro antes de se poder ver realmente o que é).
Nesta semana santa estamos em conversa uns com os outros e também com a importante história dos últimos dias de Jesus. As escrituras cristãs, no entanto, não são sutras ou upanishads. As importantes reflexões intelectuais e teológicas da fé sobre a pessoa de Jesus vêm mais tarde.
O coração da conversação desta semana é uma história. Pode ser intrigante pensar porque é que os evangelhos, os textos nucleares do Cristianismo, parecem dar uma atenção tão desproporcionada à parte final da sua vida. No entanto, quando relembramos os últimos dias de vida de alguém que amámos, compreendemos porquê: o sentido da vida e do amor torna-se mais claro numa situação mais vulnerável e frágil. A meditação ensina-nos isso ao permitirmos que ela nos torne pobres.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
http://www.meditacaocrista.com/
https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
Começámos o retiro da Semana Santa na Ilha de Bere. Isso explica em parte porque me atrasei a enviar esta reflexão diária – pelo que peço desculpa ao maravilhoso grupo de tradutores na nossa comunidade que estão a traduzir em dez idiomas.
Tenho apreciado muitos leitores destas reflexões diárias por terem tempo para me mandarem os seus comentários. Isto lembrou-me que somos todos parte de uma conversa. A palavra ‘conversa’ evoca, geralmente, o sentido de falarmos em conjunto, mas este é um significado tardio – do séc. XVI, julgo. O seu significado original é sugerido pelo voto de S. Bento de ‘conversatio morum’, mudança nos valores e no nosso modo de vida.
A conversa, ou conversação, é fundamentalmente ‘voltar-se para’ algo em conjunto, treinando a nossa atenção num ponto comum e ‘vivendo juntos’ naquele modo de olhar e ver. (Olhar para nem sempre é ver. Mas há que olhar primeiro antes de se poder ver realmente o que é).
Nesta semana santa estamos em conversa uns com os outros e também com a importante história dos últimos dias de Jesus. As escrituras cristãs, no entanto, não são sutras ou upanishads. As importantes reflexões intelectuais e teológicas da fé sobre a pessoa de Jesus vêm mais tarde.
O coração da conversação desta semana é uma história. Pode ser intrigante pensar porque é que os evangelhos, os textos nucleares do Cristianismo, parecem dar uma atenção tão desproporcionada à parte final da sua vida. No entanto, quando relembramos os últimos dias de vida de alguém que amámos, compreendemos porquê: o sentido da vida e do amor torna-se mais claro numa situação mais vulnerável e frágil. A meditação ensina-nos isso ao permitirmos que ela nos torne pobres.
Com amor,
Laurence
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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