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Reflexões para a Quaresma 2018

                                                                       .     
​LAURENCE FREEMAN OSB 

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Quarta-feira da 2ª Semana da Quaresma 2018

28/2/2018

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Quarta-feira da Segunda Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


Há uma tradição na parte mais exótica da tradição ascética cristã, vinda dos bons velhos tempos em que o ascetismo significava trabalho, que consiste em estar de pé em água gelada para acalmar as paixões, recitando os salmos. Por paixões, queria-se significar não só as paixões carnais mais óbvias mas genericamente todos os hábitos ou estados mentais desordenados e desequilibrados. Habitualmente a moderação estrita parece ser a melhor maneira de reiniciar o sistema mas, tal como certos países usam a austeridade extrema para melhorar a economia, também alguns indivíduos preferiam banhos frios e que duravam toda a noite.

Há outro elemento nestas histórias, porém, que as tornam menos sensacionais e mais significativas. É muitas vezes descrita a forma como alguém testava a água em que os ascetas tinham estado imersos, para ver o quão fria estava, e descobria-se que de facto estava bem morninha. A energia da oração tinha aquecido a água. Estas histórias ecoam outras devidamente autenticadas de monges tibetanos que se sentam nos Himalaias envoltos em cobertores molhados e frios e que os aquecem por meio da energia mental-física até fumegarem secos.

A maior parte de nós é um bocadinho estranha, diga-se a verdade, em coisas que normalmente não tornamos públicas, pelo que não deveríamos ser demasiado rápidos a julgar e a ridicularizar as pessoas que gostam de fazer estas coisas. A maior parte das pessoas não quer inventar nem suportar um sofrimento voluntário deste tipo mesmo que ele desenvolva o autocontrolo e o treino pessoal. Os atletas talvez o possam entender melhor. Mas talvez haja uma lição a tirar pelos mais convencionas e, oxalá, mais moderados entre nós também.

É a mensagem de que pela aceitação, resiliência e forte atenção no meio das situações difíceis podemos radicalmente transformá-las. A descoberta duma doença séria pode evocar um medo paralisante da morte mas depois conduzir-nos através desse medo para o poderoso amor e produzir compaixão pelos outros, no qual o medo da morte se dissolve. Um vício destrutivo pode ameaçar fazer naufragar a nossa vida e depois evoluir para a descoberta de liberdade interior e alegria. O mais angustiante sentido de ausência, como depois da perda de alguém que amamos, pode gradualmente abrir-se como uma flor para um novo tipo de presença íntima. E a morte pode conduzir à ressurreição.

Mais importante do que orar para que o inevitável seja tirado de nós – pedindo a suspensão das leis da natureza – é a oração para resistir e manter-se desperto – aquilo em que consiste a Quaresma.

E mais importante do que isso, como os grandes mestres do deserto aconselhavam, é orar pelo dom da própria verdadeira oração.

Nós temos, porém, que aprender a orar – simplesmente como aprendemos a andar ou a falar.


Com amor,
Laurence


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Terça-feira da 2ª Semana da Quaresma 2018

27/2/2018

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​Terça-feira da Segunda Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018

É possível tornar-se tão competitivo e quantitativo em questões espirituais como em buscas materiais. Existem snobes ascéticos tal como há pessoas bem-sucedidas que encaram os fracassados sociais como inferiores.

Quando estava a fazer um retiro alargado com o Fr John (Main) e com uma pequena comunidade de leigos, antes de começar o meu noviciado, um jovem veio passar connosco algumas semanas, acabado de chegar de ashrams exóticos e de zendos do Oriente. Ele sabia tudo, tinha lido tudo e fazia-nos sentir, na comunidade laica, bastante provincianos e amadores. Parecia em boa forma física, falava escassamente, sorria raramente e sentava-se numa postura com uma quietude que o Buda bem poderia ter invejado. Como se isso não bastasse, ele era (é claro) vegetariano e abstinha-se quando, em alguma ocasião especial, tomávamos um copo de vinho ou de cerveja.

Então, certa tarde, tinha eu ido às compras, passei por um restaurante e vi, pela janela, o nosso nobre asceta a devorar um espesso bife com um copo de cerveja e já a cobiçar os bolos de natas que tinha ali ao pé. Olhando para trás não sei dizer com certeza se foi o seu sentido de superioridade ou o meu sentido de inferioridade que me fez ficar tão dado a julgamentos. Muito tempo depois, quando falei no assunto ao Fr John, ele não pareceu surpreendido e entendeu claramente melhor aquele jovem do que o resto de nós. À medida que as minhas próprias auto-expectativas se foram moderando, tornei-me menos absolutista nestes assuntos; e acho agora que ele provavelmente era apenas um praticante genuíno, não desprovido de ego, que simplesmente precisava de um dia de folga e que nós de forma tonta tínhamos posto num pedestal.
​
A nossa rispidez de julgamento sobre os outros está invariavelmente ligada à nossa atitude perante nós mesmos, a um sentido de competitividade ou uma latente vergonha pelo fracasso ou por simplesmente não se estar à altura. Se fizermos mal aos outros fazemos mal a nós mesmos, quer sejamos apanhados quer não. Similarmente, se julgarmos os outros de forma condenatória (mesmo assim, precisamos de ter discernimento em relação às pessoas), causamos angústia a nós mesmos. Não julgueis para não serdes julgados.

Talvez na raiz dos piores casos de perseguição política ou de opressão religiosa sobre os outros, esteja este medo infantil de não sermos aprovados por aquelas pessoas cuja aprovação desejamos, mesmo muito depois de elas terem deixado este mundo.

Que alívio e que libertação é, então, descobrir nesse espaçoso quarto interior da meditação que estes jogos mentais e emocionais são uma fantasia. São jogos que não nos dão nenhum gosto e que tecem uma cada vez mais apertada prisão de espírito. À medida que estes jogos desaparecem do nosso mundo interior somos libertos e podemos sair para brincar como crianças filhas de Deus no mundo real.


Com amor,
Laurence


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Segunda-feira da 2ª Semana da Quaresma

26/2/2018

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Segunda-feira da Segunda Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


A Igreja Ortodoxa, mais do que a de Roma, mas não tão intensamente como as espiritualidades orientais, lembra a importância do corpo na vida de oração. Especialmente na tradição monástica, a consciência da respiração e a prática de vénias e prostrações, algumas muito parecidas com o asana da saudação ao sol do yoga, ajudam a manter o corpo e a mente em sincronia. Provavelmente qualquer espiritualidade que resida apenas no nível mental e apenas use a força de vontade e a auto-avaliação, não seja suficiente para levar o praticante a um nível superior de integração e paz consigo próprio. Nunca é demais repetir aos ocidentais que o propósito da ascese, como aquilo que decidimos fazer ou não fazer durante a Quaresma, não é o de castigar, mas o de purificar.

Jejuar (reduzindo a ingestão diária dos alimentos) e abster-se da carne e de estimulantes (cafeína e álcool) são também práticas físicas tradicionais que se encontram em todas as tradições espirituais. Às vezes, ao começar uma dessas práticas apercebemo-nos de que somos mais dependentes do que pensávamos, o que nos faz mais humildes e avançar no auto-conhecimento. Hoje em dia a dieta substituiu o jejum, assim como o turismo substituiu a peregrinação, mas podem ser vistos como as mesmas coisas feitas por motivos diferentes. Os motivos são importantes para a qualidade e o resultado daquilo que fazemos. Talvez que um antigo monge sírio tenha tentado fazer a ponte entre eles quando afirmou ‘tenta ser delgado de modo a passar pelo porta estreita’. Jesus disse que poucos são os que podem atravessá-la, carregados em excesso com apegos e ansiedades como a maioria de nós está, apesar de que nada é impossível a Deus.

A própria meditação é um jejum e abstinência. Mas, no dia a dia, a atenção à nossa alimentação ajuda a condicionar a nossa meditação. A sonolência regular, adormecer e até alguns tipos de distrações podem ser reduzidos através de uma alimentação mais saudável. Hoje há muitas pessoas que meditam para serem mais saudáveis. O meditante acabará por perceber que nós nos mantemos saudáveis a fim de meditar.

O sono e o descanso, também, são parte do natural ritmo do corpo e da mente. Muitas pessoas hoje em dia privam-se do sono para trabalhar até mais tarde ou para ver cinema ou jogos e muitas continuam a sua vida digital mesmo depois de se meterem na cama. Os monges de antigamente, pelo contrário, costumavam recomendar que conscienciosamente se limitasse as horas de sono e encorajavam os monges a levantar-se a meio da noite para rezar. Assim que a minha cabeça alcança a almofada geralmente dou um suspiro de alívio e lembro-me frequentemente de Jesus a dizer que não tinha lugar nenhum onde descansar a cabeça e adormeço antes que aplique isso a mim próprio. Quando as pessoas se levantam de manhã cedinho, nas horas da quietude para rezar descobrem uma especial alegria e tranquilidade, uma certeza que os estabiliza para o resto do dia.

No Cântico dos Cânticos encontramos “Eu durmo, mas o meu coração está desperto”. Se você adormecer a dizer ou a ouvir o seu mantra, poderá achar-se ao acordar a fazer o mesmo também. Com suficiente sono REM (rapid eye movement - movimento rápido do olho) pode perceber que precisa de menos sono, mas que aquilo que dorme o refresca mais. Isso ajuda a que os níveis consciente e inconsciente do eu interajam menos um com o outro durante o dia e assim podemos perceber que estamos simultaneamente mais calmos e mais intuitivos.


Com amor,
Laurence


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​Segundo Domingo da Quaresma

25/2/2018

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​Segundo Domingo da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


Os textos bíblicos de hoje mostram-nos muitas coisas. Em primeiro lugar, quão difícil pode ser para o Cristianismo se comunicar através das escrituras. As suas histórias e metáforas chegam muitas vezes à mente moderna como ofensivas ou pelo menos ‘primitivas’. Bede Griffiths achava que havia apenas alguns salmos adequados ao culto cristão. Ler ‘feliz aquele que pegar nos seus bebés e os esmagar contra a parede’ faz qualquer um torcer-se todo e é preciso um bom advogado para explicar qual o significado edificante que pode haver nessa frase. 

Uma defesa possível é que uma violência como esta faz eco da crueldade e do sadismo (oxalá) reprimidos, escondidos na nossa própria psique. Existem animais selvagens à espreita nas pastagens frescas e verdes da nossa jornada interior. Tais passagens podem ter de ser excluídas do culto comunitário. Talvez tenhamos que ver também como é que a Palavra está presente de modos diversos nas escrituras de outras religiões e que podíamos, até certo ponto, incorporá-las no culto cristão para melhor entender a nossa própria.

Estejam preparados: as leituras de hoje são sobre sacrificar a vossa criança. Abraão levantou a sua mão para espetar a faca sacrificial no seu filho Isaac quando o anjo do Senhor – que é o Senhor – agarra a sua mão. Uma vítima de substituição é encontrada num carneiro. Abraão é aplaudido por não hesitar perante nada para provar a sua devoção a Deus. Podemos ler isto como um exemplo dramático de proibição do sacrifício humano, que era comum nas tribos vizinhas. Certamente mostra o quão diferentes eram os israelitas e como essa diferença forçou a uma evolução cultural na descrição da sua experiência de Deus.

S. Paulo rompeu com essa tradição quando encontrou o Cristo que ele tinha rejeitado a habitar no seu coração. Mas, na segunda leitura, vemos como ele ainda usa a linguagem antiga: os termos antigos adquirem um novo significado, mas não podemos inventar uma nova linguagem mesmo depois de uma conversão radical. Para Paulo, Deus ‘não poupou o seu próprio Filho’ para nos beneficiar. Isso exprime o absoluto esvaziamento de Deus; mas conduz facilmente a uma imagem de um Deus que usa a violência para tornar as coisas corretas outra vez. 

A história evangélica da Transfiguração de Jesus eleva-se acima de tudo isto. É o momento icónico da fé cristã para a Igreja Ortodoxa, assim como a Cruz o é para a Igreja Ocidental. Aqui vislumbramos a profundidade ofuscante e insondável da verdadeira identidade de Jesus e da sua relação filial com a Fonte. Mas Ele também fica entre, e assim faz a ponte, Moisés e Elias - a Lei e os Profetas. A Lei aprovou a violência, os profetas denunciaram-na. Mas estas são expressões gémeas de um único modo de aproximação do divino.

Temos de pensar e debater a questão da violência bíblica – tal como precisamos de abordar a violência contra mulheres e crianças nas nossas sociedades ‘avançadas’, para não falar na Síria ou em Parkland. Mas falar e pensar não acabam nunca e podem também conduzir à violência. Temos de mergulhar na verdade, na experiência da pura luz que consome todas as sombras. Então encontrar-nos-emos na absoluta intimidade que não apenas nos muda, mas nos transfigura.


Com amor,
Laurence


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Sábado da 1ª Semana da Quaresma

24/2/2018

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Sábado da Primeira Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


O Êxodo é a grande metáfora bíblica para a Quaresma: os quarenta anos de errância da tribo dos Hebreus pelo deserto antes de chegarem à Terra Prometida iluminam os quarenta dias que passamos, a prepararmo-nos para os mistérios –  e são mistérios – da Páscoa.

Com oitenta anos de idade, Moisés foi encarregue de persuadir o faraó a “deixar partir o meu povo”. Pessoalmente, ele era, notavelmente não-autoconfiante para um líder de libertação nacional e, segundo aquilo que ele próprio dizia, um muito fraco orador, mas ele confiou e fez o que lhe foi dito pelo Senhor. O seu espetáculo de poderes mágicos –  transformando um cajado numa serpente – não impressionou os egípcios, que podiam fazer o mesmo. Uma lição na competitividade religiosa. As dez pragas que o Senhor enviou então ao Egipto vaiaram, desde transformar a água do Nilo em sangue, a uma praga de piolhos, outra de moscas e finalmente, mais do que horrível, a morte de todos os primogénitos. Então, finalmente, o faraó cedeu e deixou-os partir. Depois arrependeu-se da sua decisão e tentou trazê-los de volta mas como consequência sofreu a perda do seu exército no Mar Vermelho. Assim o mito fundador de Israel foi construído – uma combinação entre perseguição e reacção e más relações com todos os seus vizinhos.

Não é, à primeira vista, nem muito edificante nem muito histórico. Não existem registos deste acontecimento nas fontes contemporâneas. A maioria das pessoas modernas, pouco habituadas ao modo mítico e alegórico de ler a “história”, acha esta representação de Deus ou perturbante ou absurda. Não é fácil de defender, a não ser como parte de uma descoberta em evolução da natureza de Deus, que acontece ao longo de toda a Bíblia. Na crença judaica isso culmina nos profetas (eles encontram um Deus de paz e justiça que diz “o que eu quero é misericórdia, não sacrifício”). Para os cristãos isso culmina em Jesus, o profeta que em todos os sentidos une Deus e a humanidade.

Enquanto nos sentirmos des-unidos de Deus seremos vítimas da nossa própria imaginação. Maus acontecimentos serão interpretados como castigo por crimes – consciente ou inconscientemente cometidos. Bons acontecimentos serão vistos como recompensa e sinais de que somos mais favorecidos do que outros. Qualquer destas respostas é desastrosa para a nossa relação com Deus (‘relação’ também deverá ser entendida como metáfora) e as nossas relações com os outros - especialmente aqueles que abraçam crenças diferentes das nossas.

Portanto precisamos de ler o Êxodo com uma mente contemplativa, sentindo o nosso caminho abaixo da superfície até ao mais profundo, subcutâneo, nível de significado e a sua interacção com a nossa própria experiência. Então as pragas poderão surgir menos como um castigo cruel de um Deus zangado e mais como ilustrações dos  sofrimentos na vida que fazem parte do nosso despertar e libertação. Talvez o segredo da história – ainda por realizar nas políticas do Médio Oriente – seja que ambos os lados nesta história de hostilidade humana estão de facto, em relação a Deus, do mesmo lado e que ambos têm muito a aprender.


Com amor,
Laurence


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Sexta-feira da 1ª Semana da Quaresma

23/2/2018

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​Sexta-feira da Primeira Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


John Main disse uma vez (com humor irlandês: monges, não tomem isto de forma demasiado pessoal) que nunca tinha encontrado mais egotistas do que nos mosteiros.

Este era o ponto que ele queria sublinhar. Há dois perigos relativamente aos mosteiros. Um monge poderia levar muito a sério a autotransformação e a sua prática espiritual mas também ficar focado neles de tal forma que nada nem ninguém se iria interpor no seu caminho directo para a iluminação. Habitualmente, isto manifesta-se numa atitude hipercrítica face aos seus irmãos que parecem menos rigorosos – uma espécie de snobismo espiritual. O outro perigo é ilustrado no monge que entra no claustro com o propósito de escapar a qualquer associação desafiante com outros, em vez de para se encontrar a si mesmo nos outros. Um dos primeiros monges cristãos definia o monge como alguém que se vê a si mesmo nos outros e os outros em si mesmo. Esse tipo de pessoa hiperintrovertida, autocentrada, irá usar a rotina monástica para o isolamento em vez de para o encontro.

Mark Carney, o governador do Banco de Inglaterra, falou recentemente sobre “Liderança e Valores”, num Seminário Meditatio em Londres. Enumerou algumas das qualidades ideais dos líderes e os valores que eles corporizavam, reconhecendo (como na figura do Abade na Regra de S. Bento) que é improvável que aconteça que todas elas apareçam combinadas numa única pessoa ao mesmo tempo. O princípio orientador do Governador Carney, porém, era o valor do propósito. Um líder precisa de ter um propósito claro – o propósito certo é sempre centrado no outro.

Tudo isto só poderá ser relevante para nós se, em certo sentido, formos todos monges e formos todos líderes. De acordo com a Regra, o monge é alguém que “verdadeiramente procura Deus”. Não é isso que um meditante a sério faz, com uma renúncia cada vez mais profunda, à medida que a sua viagem progride e a transformação produz efeito? A nossa imagem de Deus pode não ser a de mais ninguém e podemos preferir descrevê-la fora da linguagem religiosa. Mas, ao nível essencial, a experiência da meditação é a experiência de Deus – do amor, plenitude e conetividade universal.

E todos somos líderes – para as crianças, por exemplo, que nos observam de perto e nos imitam. Mesmo os que realizam os serviços mais humildes do mundo – os que limpam casas de banho e ruas – podem mostrar reais qualidades de liderança e de serviço na forma como trabalham com os seus colegas e se relacionam com o público.

Mas somos líderes também para nós mesmos. A Quaresma é um tempo em que fazemos algo extra e renunciamos a algo familiar. Onde é que esta decisão é tomada? Como é que é tomada? Qual é a sua motivação? A sua fonte está nessa parte subtil do nosso próprio mix de mente-coração que vê claramente e nos dá um sentido de propósito. Não é uma parte rival ou competitiva de nós mesmos, mas a unificadora, curativa energia de nós mesmos a que chamamos o espírito.

Será que nos torna mais ou menos egocêntricos? Ou será que sentimos que o propósito real da nossa prática espiritual é de facto o serviço aos outros? Sejam quais forem os frutos e benefícios que possa trazer-nos, serão então dedicados ao bem-estar do mundo. Sendo nós também parte do mundo, recebemos o nosso devido quinhão desses benefícios, desde que o nosso princípio orientador seja centrado no outro.


Com amor,
Laurence


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​Quinta-feira da 1ª Semana da Quaresma

22/2/2018

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​Quinta-feira da Primeira Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


Um cirurgião cardíaco de um grupo ao qual eu estava a dar uma iniciação à meditação pediu-me para deixar de usar a palavra “coração” nas minhas apresentações. Ele dizia que isso o distraía por causa das conotações com o seu trabalho e também, acrescentou, em todas as suas operações nunca tinha visto nada no coração que lhe parecesse algo de espiritual.

Pelo menos isso fê-lo pensar. Muitas pessoas quando ouvem a palavra coração, usada para além do sentido anatómico, associam-na a sentimentos e emoções. Isso está mais perto do significado da palavra do que a resposta materialista do médico. As emoções são de facto “sentidas”   na região do peito: dizemos que sentimos o “coração partido” ou que o “nosso coração cai” por razões que terão a ver com uma ligação entre o centro emocional do nosso cérebro e essa zona do nosso corpo. Tudo isso pode explicar algo com interesse mas não muito. O amor, curiosamente, diz-se que é “sentido” por todo o nosso corpo.

Não podemos reduzir sentimentos ou emoções ao sistema nervoso central. O coração é um símbolo espiritual do centro pessoal do despertar da consciência e núcleo da identidade. Todas as dimensões físicas, mentais e as mais subtis do ser humano convergem e se resolvem neste centro da simples, permanente integridade. Nós somos o nosso coração.

Quando meditamos temos de estar preparados para diferentes ondas e tipos de sentimentos em diferentes tempos. Ao princípio podemos sentir um simples desassossego e cócegas nos pés. Parece impossível sentarmo-nos imóveis e não fazer nada nessa postura estranha, durante vinte ou trinta minutos. Muitos lutam com apenas vinte segundos. Mais tarde, após as nossas capacidades terem aumentado, podemos sentir uma onda de raiva dirigida a outros ou a nós próprios, ou vergonha, ou desejo ou ganância, ou então uma profunda tristeza e um sentimento de perda. Pode acontecer que a pior coisa que tenhamos de suportar seja o sentimento de que nada somos e de que somos arrastados para um fundo de total ausência de sentido.

A meditação não reprime, não nega nem ignora esses sentimentos. É bom que eles surjam e sejam conscientemente sentidos. Eles vêm de algum sítio e é melhor que se manifestem. Se pudermos sentar-nos através deles ficaremos mais calmos, mais livres e amáveis connosco mesmos. Nesse sentido, a meditação purifica as nossas emoções ao permitir que essas sub-assimiladas memórias e associações se resolvam e libertem a sua energia para um melhor uso. No entanto, não é o coração que produz esses sentimentos. Em vez disso, ele nos oferece o centro imóvel, o núcleo estável do despertar da consciência e atenção que nos permite cavalgar as ondas, por muito tempestuosas que sejam, e aproximarmo-nos mais da profundidade do ser onde a consciência pura, a calma e a claridade revelam um sentimento para além do sentimento e uma emoção para além da emoção a que chamamos o amor de Deus. 

A compaixão e o amor são mais do que sentimentos: podem estar associados a qualquer sentimento dependendo das circunstâncias e do caráter pessoal. Eles fluem sem esforço a partir da nossa verdadeira natureza se não estiverem bloqueados por forças negativas dentro de nós. Não podemos controlá-los nem produzi-los porque nós somos compaixão e amor.

O mantra – e as nossas pequenas práticas diárias de disciplina e de generosidade aos outros – é a nossa prancha de surf para o porto da paz.


Com amor,
Laurence


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Quarta-feira da 1ª Semana da Quaresma de 2018

21/2/2018

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Quarta-feira da Primeira Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


Aquilo de que podemos “abdicar” durante a Quaresma simplesmente serve a renúncia maior na qual qualquer forma de vida integrada cresce para a plenitude. A Quaresma ajuda-nos a lembrar o que significa esse maior “deixar ir” e como cada um de nós é chamado a torná-lo absoluto – a seu tempo. Até lá, nós simplesmente aprendemos dia a dia a ser tão reais quanto possível.
 
Em muitas religiões acreditava-se amplamente que a grande renúncia à vida só poderia ser conseguida através do caminho monástico. Para a grande maioria, os afazeres familiares e mundanos eram um impedimento e bloqueavam esse dom total de si que é a mais elevada conquista humana. Ao voltar as costas, não só à carreira profissional e  à fama, à riqueza, ao sexo e à família mas também a todos os “assuntos mundanos”, os monges elevavam-se até a iluminação,  a um plano superior da realidade. As palavras de Jesus – o caminho para a vida é estreito e só poucos o encontram – foram mal interpretadas para implicar isto.
 
Claro que os leigos podem chegar tão perto, ou ainda mais perto, da renúncia ao apego aos “assuntos mundanos” na sua vida de trabalho e responsabilidades familiares. Todas as espécies de vocação têm o mesmo potencial primário. O que importa não é a forma exterior – o lar familiar ou o claustro – mas como assumimos as responsabilidades associadas ao caminho específico que estamos a seguir.
 
Compreender isto significa ver como a renúncia acontece. Quando você expulsa um aspeto da vida “mundano” – por exemplo uma adição ou um excesso – isso não se liberta de si imediata ou automaticamente. As coisas reprimidas tendem a voltar. Quando se expele algo pela força, muitas vezes renasce de algum modo, nem que seja como um desejo compulsivo ou uma fantasia. Há um gato vadio em Bere Island, ao qual dei comida  na cozinha e coloquei  fora de casa,  que teve a lata de voltar a entrar por uma porta ou uma janela aberta noutro quarto. Tanto a Quaresma como o mantra nos ensinam este balanço entre renúncia e retorno.  O que parece deixar-nos volta com frequência.
 
A renúncia quando acontece é um dom, um acontecimento simples, uma ocorrência natural. Para renunciar temos de renunciar à ideia de renúncia também. Não podemos renunciar pela força de vontade se a renúncia essencial é a renúncia da vontade. Podemos afrouxar o aperto mas a renúncia acontece por si só.
 
Assim chegamos à conclusão de que a única renúncia que interessa é a que nos  conduz à liberdade plena e à espontaneidade. Isso pressupõe a renúncia a todos tipos de força e permite-nos, em vez, ficar preenchidos com o poder do espírito.


Com amor,
Laurence

Texto original, em inglês: aqui

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Terça-feira da 1ª Semana da Quaresma

20/2/2018

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Terça-feira da Primeira Semana da Quaresma - Reflexões para a Quaresma 2018


 
Você se considera uma “uma pessoa direita”?

- Quer dizer com isso um membro respeitável da minha comunidade que respeita os valores do meu grupo?

Sim, pode ser por aí. Que mais significa ser direito?

- Sentar-se ou estar de pé com as costas direitas
Ou ser mais comprido do que largo.

- Mas o que é que pretende com isso?

Pretendo sugerir que há uma conexão entre sentar-se direito na meditação e viver de uma forma direita – ser ético, justo, bondoso e verdadeiro.

- Então tudo o que eu tenho que fazer é ter uma boa postura física para ser uma pessoa como deve ser?

Isso é que era bom. Não é isso, mas quando meditamos é suposto sentarmo-nos numa posição “boa” o que significa com as costas direitas. Isso ajuda na respiração e na disciplina da quietude durante a meditação e, portanto, ajuda-nos na meditação. Existe uma ligação entre a postura física e a atenção e a lucidez mental -  e até com o sentido de propósito que está por trás da meditação. No geral, é mais difícil meditar se a sua postura é inclinada, preguiçosa e desconfortável.

- Mas poderia meditar e ser um batoteiro, mentiroso ou um manipulador sem coração? A meditação pode ajudar-me a iludir a minha consciência e fazer-me mais atento às minhas más acções?

Talvez por um tempo, é claro, mas julgo que isso seria insustentável. Na meditação ao sentarmo-nos quietos movemo-nos. Quanto mais profunda for a quietude maior será a aceleração. Este movimento quieto leva-nos à nossa verticalidade essencial e interior. (Somos essencialmente verticais). Pelo caminho damos conta de posturas internas da mente, ora recentes ou já bem estabelecidas, talvez nas margens da nossa personalidade, mas também, possivelmente, naquilo que constitui a nossa personalidade – e essas posturas podem contrariar a nossa verticalidade essencial. Elas podem constituir aspectos torcidos e deformados de nós mesmos.

- Então fazer-lhes face poderá ser muito difícil e decerto lutaremos contra a sua eliminação. Provavelmente, é por isso que abandonamos ou reduzimos o nosso compromisso para com os tempos de “sentar direitos”.

Estou de acordo. É difícil meditar se você mentiu ou caluniou alguém, ou se teve uma orgia de fofocas e maledicências. Mas podemos sempre corrigir a nossa postura, interna bem como externa. Se não desistirmos podemos realinharmo-nos pelos nossos valores essenciais – a nossa essencial verticalidade. Ao descobrirmos o nosso valor interior, começaremos a viver realmente de acordo com os valores em que acreditamos e podemos dizer “desculpe” quando falhamos. Ainda me está a ouvir?


Com amor,
Laurence


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Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma 2018

19/2/2018

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​Segunda-feira da Primeira semana da Quaresma​  - Reflexões para a Quaresma 2018


É difícil escrever sobre a espiritualidade da Quaresma com o grito de Raquel a encher o espaço público que ocupamos.
 
Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentações e soluços amargos. É Raquel que chora os filhos e não quer ser consolada porque eles já não existem (Jer 31:15)
 
As famílias em Parkland na Florida, a nação de alma-doente a que pertencem e os membros da família humana em qualquer parte do mundo que disso têm conhecimento estão profundamente devastadas pela tragédia do tiroteio na escola secundária. A imagem do perpetrador, patético e desequilibrado, que finalmente conseguiu a atenção pela qual ele ansiava, mas não propriamente deste tipo, evoca o sentimento de um desamparo sem esperança que em breve contemplaremos na Semana Santa. Nicolas Cruz, de dezanove anos, não é uma figura de Cristo, mas seria um estranho cristão quem não pudesse ver Cristo nele. Com este incidente, no início da Quaresma, a Cruz chegou a nós cedo, desviando a nossa atenção de nós próprios por um tempo. Somos confrontados com o mistério da densa escuridão que qualquer jornada em direção à luz tem de atravessar e com ela lutar. 
 
Perante o desamparo dos outros não sabemos o que dizer ou fazer. Gostaríamos de ajudar, consolar, explicar, mas estamos desarmados de todos esses meios. Mais difícil – e ainda mais valioso – é não fazer nada. Mas, geralmente, lidamos com o desamparo através de trivialidades e conversas de oração. Em breve desconfortáveis com o tom da nossa própria voz, pedimos para sair e partimos.
 
A tristeza amarga procura escapar à prisão da sua angústia e solidão. Cada vez mais, na nossa opulenta cultura de falsa liberdade e de escassas oportunidades, aqueles que mais sofrem são os que recebem menos cuidados. Sem atenção suficiente nem consolo para a alma sofrida, nada impede a solidão de se transformar em loucura. As nossas opções humanas perante a solidão são limitadas. Podemos lidar com a dor virando-a para dentro de nós e destruindo a nossa psique. Podemos tentar fugir dela infligindo-a aos outros. Ou, com o amor de alguém que recusa a desistir de nós, podemos, com dificuldade, transformar a tristeza amarga da nossa alma em paz e compaixão.
 
As orações dos políticos num tempo de tragédia coletiva podem trazer algum alívio formal temporário: até a mais banal e disfuncional   das pessoas pode assumir uma espécie de papel paternal em relação a uma pessoa em crise. Todavia, a oração sem ação nas causas do sofrimento é uma falsa oração, uma cobertura e deliberada distração. É perversa porque na verdade participa e pertence à escuridão e engano corrosivos que causam o sofrimento.
 
A nossa Quaresma deverá continuar na solidariedade com as Raquéis de Parkland e todas as outras Raquéis que hão-de surgir. Não será em vão se trabalharmos honestamente para expulsar as vozes falsas e os autoenganos do nosso próprio quarto interior.


Com amor,
Laurence


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