
Quinta-feira da Quinta Semana
Ao final da tarde de Domingo, depois da Conferência Nacional Italiana, eu andava a caminhar por Roma. Uma luz dourada banhava toda a gente, visitantes, locais, imigrantes, homens vestidos de centuriões para tirar fotos com os turistas. A mesma luz lavava as paredes a descamar, que exibiam as muitas camadas do passado, restos dos pilares de templos antes orgulhosos e de fóruns imperiais, humildes igrejas do séc. IV, o Castelo de Sant’Angelo, a fortaleza medieval com a sua saída de emergência para a fuga para o Vaticano dos papas Medici cercados, e Pizza Huts, montras da Gucci e lojas de recordações e um vendedor de rua que me cobrou quatro euros por um saquinho de nozes.
Cuja luz brilha de igual modo sobre bons e maus.
Quando sentimos que estamos incluídos na dança do ser, da qual ninguém nem nada é excluído deliberadamente, experienciamos paz. Mesmo no sofrimento e na injustiça, quando nada é excluído, a paz pode prevalecer. Esta é a paz além da compreensão, não como o mundo a dá.
As recentes imagens do assassinato de civis na Ucrânia lançaram um choque gelado, de náusea, que me atravessou a mim, a homens e mulheres em todo o lado e às infelizes crianças que têm de compreender que estas não são imagens dum filme. As pessoas reais são capazes de fazer isto. A pergunta em breve emerge: como é que podemos incluir este tipo de desumano mau comportamento e as pessoas por ele responsáveis na única realidade que se banha na luz imparcial e igual de Deus?
Porque é a mesma realidade em que um homem sem culpa, unido a Deus, pôde ser falsamente acusado, falsamente julgado e condenado e, de forma demasiado verdadeira sujeito a uma tortura fatal? No alto da parede de uma cela, sob as salas de operação do Dr. Mengele em Auschwitz, vi um desenho gravado de Cristo na Cruz. Era o início da resposta a “onde estava Deus enquanto estas atrocidade estavam a ser perpetradas?“
A realidade não é friamente objetiva. Nunca é mais bem comunicada do que através da compaixão. A verdade não é matemática. Quando ela é virada sobre todos os tipos de falsidade irá acabar por denunciar e dissolver a sua irrealidade.
Jesus disse que o Seu Pai era como a luz do Sol que brilha de igual modo sobre bons e maus. Ele não disse que o bom e o mau reagem à luz da mesma maneira.
Porque ela nos convence da compassiva e total unicidade da realidade, a meditação hoje em dia tem o potencial de ser a onda que traz a paz ao mundo.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: http://www.meditacaocrista.com/
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
YouTube: https://www.youtube.com/user/meditacaocristaTv
Ao final da tarde de Domingo, depois da Conferência Nacional Italiana, eu andava a caminhar por Roma. Uma luz dourada banhava toda a gente, visitantes, locais, imigrantes, homens vestidos de centuriões para tirar fotos com os turistas. A mesma luz lavava as paredes a descamar, que exibiam as muitas camadas do passado, restos dos pilares de templos antes orgulhosos e de fóruns imperiais, humildes igrejas do séc. IV, o Castelo de Sant’Angelo, a fortaleza medieval com a sua saída de emergência para a fuga para o Vaticano dos papas Medici cercados, e Pizza Huts, montras da Gucci e lojas de recordações e um vendedor de rua que me cobrou quatro euros por um saquinho de nozes.
Cuja luz brilha de igual modo sobre bons e maus.
Quando sentimos que estamos incluídos na dança do ser, da qual ninguém nem nada é excluído deliberadamente, experienciamos paz. Mesmo no sofrimento e na injustiça, quando nada é excluído, a paz pode prevalecer. Esta é a paz além da compreensão, não como o mundo a dá.
As recentes imagens do assassinato de civis na Ucrânia lançaram um choque gelado, de náusea, que me atravessou a mim, a homens e mulheres em todo o lado e às infelizes crianças que têm de compreender que estas não são imagens dum filme. As pessoas reais são capazes de fazer isto. A pergunta em breve emerge: como é que podemos incluir este tipo de desumano mau comportamento e as pessoas por ele responsáveis na única realidade que se banha na luz imparcial e igual de Deus?
Porque é a mesma realidade em que um homem sem culpa, unido a Deus, pôde ser falsamente acusado, falsamente julgado e condenado e, de forma demasiado verdadeira sujeito a uma tortura fatal? No alto da parede de uma cela, sob as salas de operação do Dr. Mengele em Auschwitz, vi um desenho gravado de Cristo na Cruz. Era o início da resposta a “onde estava Deus enquanto estas atrocidade estavam a ser perpetradas?“
A realidade não é friamente objetiva. Nunca é mais bem comunicada do que através da compaixão. A verdade não é matemática. Quando ela é virada sobre todos os tipos de falsidade irá acabar por denunciar e dissolver a sua irrealidade.
Jesus disse que o Seu Pai era como a luz do Sol que brilha de igual modo sobre bons e maus. Ele não disse que o bom e o mau reagem à luz da mesma maneira.
Porque ela nos convence da compassiva e total unicidade da realidade, a meditação hoje em dia tem o potencial de ser a onda que traz a paz ao mundo.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
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