
Sábado da Quarta Semana
A minha reflexão de ontem era sobre a saúde mental e terminou com uma referência à austeridade. Ramana tinha dito que «a cintilação da verdade despida do “eu” é a maior austeridade».
Fiquei surpreendido e confuso com a palavra “austeridade”. Se ele tivesse dito “liberdade”, “paz”, “bênção”, teria sido mais fácil de entender. Eu associo a austeridade às duras medidas económicas que, intencionalmente, afetam mais os mais pobres e vulneráveis do que os ricos e poderosos. Mas, depois de refletir, maravilhou-me o quanto esta palavra exprimia acerca das condições necessárias para restaurar o equilíbrio dinâmico da saúde humana. Redução do excesso para apenas o que é necessário, autocontrolo e simplicidade. A verdade é assim e o mesmo acontece com a saúde.
Em Bonnevaux, em Maio, vamos acolher pessoas de todas as formações para um seminário sobre saúde, que não irá somente falar sobre saúde, mas “experimentá-la”. No âmbito do ritmo quotidiano da meditação, seremos relembrados por um médico, um herbalista e um terapeuta – e pela nossa própria experiência – que restaurar o equilíbrio do nosso sistema pessoal, tal como o da sociedade como um todo, requer uma delicada e curadora austeridade. Reconhecemo-la como uma austeridade justa quando compreendemos que a estamos a amar e estamos gratos.
Por “experimentá-la” quero dizer que o seminário irá conduzir-nos a ver pessoalmente como o sono, a nutrição, o exercício e o trabalho corporal, a par dos períodos de meditação e de partilha em conjunto, são os essenciais ingredientes saudáveis da vida humana. O fruto desta saúde é a generosidade de espírito e a capacidade de amar.
Antes de deitar a mão demasiado depressa ao bloco de receitas e antes de começar a desesperar pelo nosso estado mental ou pelo caos no mundo, porque é que não aprendemos, em primeira mão, o poder da autocura? Jesus diz muitas vezes aos que curou: “vai para casa, vai em paz; foi a tua fé que te curou”. Isto é o que esperamos que as pessoas irão sentir quando forem para casa, depois do seminário.
O primeiro passo na restauração da nossa saúde mental e da saúde do nosso planeta é ter fé nos poderes de como somos feitos.
Plenamente Vivo, Bonnevaux, de 3 a 8 de Maio.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: http://www.meditacaocrista.com/
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
YouTube: https://www.youtube.com/user/meditacaocristaTv
A minha reflexão de ontem era sobre a saúde mental e terminou com uma referência à austeridade. Ramana tinha dito que «a cintilação da verdade despida do “eu” é a maior austeridade».
Fiquei surpreendido e confuso com a palavra “austeridade”. Se ele tivesse dito “liberdade”, “paz”, “bênção”, teria sido mais fácil de entender. Eu associo a austeridade às duras medidas económicas que, intencionalmente, afetam mais os mais pobres e vulneráveis do que os ricos e poderosos. Mas, depois de refletir, maravilhou-me o quanto esta palavra exprimia acerca das condições necessárias para restaurar o equilíbrio dinâmico da saúde humana. Redução do excesso para apenas o que é necessário, autocontrolo e simplicidade. A verdade é assim e o mesmo acontece com a saúde.
Em Bonnevaux, em Maio, vamos acolher pessoas de todas as formações para um seminário sobre saúde, que não irá somente falar sobre saúde, mas “experimentá-la”. No âmbito do ritmo quotidiano da meditação, seremos relembrados por um médico, um herbalista e um terapeuta – e pela nossa própria experiência – que restaurar o equilíbrio do nosso sistema pessoal, tal como o da sociedade como um todo, requer uma delicada e curadora austeridade. Reconhecemo-la como uma austeridade justa quando compreendemos que a estamos a amar e estamos gratos.
Por “experimentá-la” quero dizer que o seminário irá conduzir-nos a ver pessoalmente como o sono, a nutrição, o exercício e o trabalho corporal, a par dos períodos de meditação e de partilha em conjunto, são os essenciais ingredientes saudáveis da vida humana. O fruto desta saúde é a generosidade de espírito e a capacidade de amar.
Antes de deitar a mão demasiado depressa ao bloco de receitas e antes de começar a desesperar pelo nosso estado mental ou pelo caos no mundo, porque é que não aprendemos, em primeira mão, o poder da autocura? Jesus diz muitas vezes aos que curou: “vai para casa, vai em paz; foi a tua fé que te curou”. Isto é o que esperamos que as pessoas irão sentir quando forem para casa, depois do seminário.
O primeiro passo na restauração da nossa saúde mental e da saúde do nosso planeta é ter fé nos poderes de como somos feitos.
Plenamente Vivo, Bonnevaux, de 3 a 8 de Maio.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
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