
Terça-feira da Terceira Semana
Muitas pessoas que rejeitaram o seu condicionamento cristão inicial experimentam um sentimento misto de liberdade e desabrigo. Se tivermos uma casa para onde regressar e raízes profundas e autênticas, então ir de viagem para conhecer outros países e outras crenças pode ser emocionante, expansivo e enriquecedor. Ficamos felizes por voltar a casa e vê-la sob uma nova luz.
Mas e se não temos casa, ou se, a que era a nossa casa, foi destruída e não há para onde voltar? Os refugiados da Ucrânia, calcula-se, vão aumentar até aos dez milhões. As forças russas estão a fazer lá o que ajudaram o regime sírio a fazer em Aleppo, Damasco e Raqqa, desde a tentativa de revolução de 2011. Milhões de sírios não podem sequer regressar às suas velhas casas que ainda se aguentam de pé, porque os edifícios podem colapsar de um momento para outro. Só podemos dar as boas-vindas aos refugiados e ajudá-los a começar novas vidas ou esperar até que possam regressar.
Não “só”. Também podemos trabalhar para uma mudança de mentalidade e coração na consciência global como aquela por que Paulo de Tarso passou no caminho para Damasco. Podemos trabalhar pela consciência unificada que não só se opõe às forças das trevas mas que as previne.
O Senhor disse a Moisés: Não deves oprimir o estrangeiro; tu sabes como se sente um estrangeiro visto que viveste como um deles na terra do Egipto (Ex23:9).
Se te sentes desamparado e não sabes o que fazer, medita e verás precisamente o que podes e deves fazer. Claro que, então, temos de decidir se o fazemos ou não. Na meditação, não tomamos nada como garantido. Não destruímos nada, mas arriscamos tudo, incluindo as nossas crenças e suposições. Não há nada para que não estejamos preparados, no trabalho do silêncio, para sondar e provar. “A meditação prova as verdades da nossa fé na nossa própria experiência”, disse John Main, ecoando a sabedoria contemplativa do deserto, a qual lembra a todas as gerações que “a experiência é o mestre”. Este é o caminho para a autenticidade que conduz à verdade.
Ontem, reuni-me com o nosso conselho de Meditação Com Crianças, para planear um webinar no dia 24 de Junho. Publicámos recentemente um novo programa para as escolas. Seja o que for que possamos fazer para levar a meditação às crianças nas escolas, vale a pena fazer. Dar às crianças este recurso interior – que elas adotam com evidente alívio e felicidade – vacina-as contra a lavagem ao cérebro dos nossos valores consumistas e assegura-lhes por experiência que o autêntico é real e vive nas suas mentes e corações.
Tenho conhecido vários jovens adultos recentemente que partilharam comigo, com palavras diferentes, o seu sentir de “sinto-me perdido”. Quando nos sentimos perdidos numa terra estranha a nossa primeira reação é, provavelmente, consultar o nosso telemóvel. Mas e se não houver sinal ou se as instruções não fizerem sentido? Perguntamos a um habitante local qual a direção certa.
A consciência unificada para a qual temos de trabalhar nos mostra que somos todos locais e uns para os outros.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
Site: http://www.meditacaocrista.com/
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal
YouTube: https://www.youtube.com/user/meditacaocristaTv
Muitas pessoas que rejeitaram o seu condicionamento cristão inicial experimentam um sentimento misto de liberdade e desabrigo. Se tivermos uma casa para onde regressar e raízes profundas e autênticas, então ir de viagem para conhecer outros países e outras crenças pode ser emocionante, expansivo e enriquecedor. Ficamos felizes por voltar a casa e vê-la sob uma nova luz.
Mas e se não temos casa, ou se, a que era a nossa casa, foi destruída e não há para onde voltar? Os refugiados da Ucrânia, calcula-se, vão aumentar até aos dez milhões. As forças russas estão a fazer lá o que ajudaram o regime sírio a fazer em Aleppo, Damasco e Raqqa, desde a tentativa de revolução de 2011. Milhões de sírios não podem sequer regressar às suas velhas casas que ainda se aguentam de pé, porque os edifícios podem colapsar de um momento para outro. Só podemos dar as boas-vindas aos refugiados e ajudá-los a começar novas vidas ou esperar até que possam regressar.
Não “só”. Também podemos trabalhar para uma mudança de mentalidade e coração na consciência global como aquela por que Paulo de Tarso passou no caminho para Damasco. Podemos trabalhar pela consciência unificada que não só se opõe às forças das trevas mas que as previne.
O Senhor disse a Moisés: Não deves oprimir o estrangeiro; tu sabes como se sente um estrangeiro visto que viveste como um deles na terra do Egipto (Ex23:9).
Se te sentes desamparado e não sabes o que fazer, medita e verás precisamente o que podes e deves fazer. Claro que, então, temos de decidir se o fazemos ou não. Na meditação, não tomamos nada como garantido. Não destruímos nada, mas arriscamos tudo, incluindo as nossas crenças e suposições. Não há nada para que não estejamos preparados, no trabalho do silêncio, para sondar e provar. “A meditação prova as verdades da nossa fé na nossa própria experiência”, disse John Main, ecoando a sabedoria contemplativa do deserto, a qual lembra a todas as gerações que “a experiência é o mestre”. Este é o caminho para a autenticidade que conduz à verdade.
Ontem, reuni-me com o nosso conselho de Meditação Com Crianças, para planear um webinar no dia 24 de Junho. Publicámos recentemente um novo programa para as escolas. Seja o que for que possamos fazer para levar a meditação às crianças nas escolas, vale a pena fazer. Dar às crianças este recurso interior – que elas adotam com evidente alívio e felicidade – vacina-as contra a lavagem ao cérebro dos nossos valores consumistas e assegura-lhes por experiência que o autêntico é real e vive nas suas mentes e corações.
Tenho conhecido vários jovens adultos recentemente que partilharam comigo, com palavras diferentes, o seu sentir de “sinto-me perdido”. Quando nos sentimos perdidos numa terra estranha a nossa primeira reação é, provavelmente, consultar o nosso telemóvel. Mas e se não houver sinal ou se as instruções não fizerem sentido? Perguntamos a um habitante local qual a direção certa.
A consciência unificada para a qual temos de trabalhar nos mostra que somos todos locais e uns para os outros.
Laurence
Reflexões para a Quaresma 2021 - LAURENCE FREEMAN OSB
Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal
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