WCCM - MEDITAÇÃO CRISTÃ (Portugal)
  • MEDITAÇÃO CRISTÃ
    • Sobre Meditação >
      • Meditação e Oração
      • O MANTRA
    • Como meditar
    • Meditação com Crianças
  • A COMUNIDADE
    • O Grupo de Meditação Semanal >
      • A Importância do Grupo
    • GRUPOS DE MEDITAÇÃO >
      • Grupos On-line
    • Sobre a WCCM
  • JOHN MAIN
    • Sabedoria - John Main
    • O Coração da Criação
    • Os oceanos de Deus: Última Carta de John Main
    • Seminário John Main 2020
    • Aniversário de John Main 2019
    • Aniversário de John Main - 30 de dezembro de 2015
  • LAURENCE FREEMAN
    • Fr. Laurence Freeman em Portugal 2017 >
      • Retiro com Fr. Laurence Freeman_20170310-13
      • Conf_Lisboa20170310_Fr. Laurence Freeman
      • SemFtMeditaçãoCrianças_Fatima20170312_Fr. LaurenceFreeman
      • SemCxMeditaçãoCrianças_Coimbra20170312_Fr. Laurence Freeman
      • Conf_Coimbra20170312_Fr. Laurence Freeman
      • Conf_Porto20170313_Fr. Laurence Freeman
  • ATIVIDADES
    • Conferências online
    • Ora et Labora
    • Eucaristia Contemplativa
    • Meditação Cristã e Artes Orientais
    • Fim-de-semana "Partilhar o Essencial" >
      • Fim-de-semana "Partilhar o Essencial"
    • Workshops com professores e educadores
    • Cursos, Apresentações, Workshops e >
      • A Nuvem do Não Saber
      • Curso Introdutório - 20161118-20 - Rio Maior
    • Peregrinações e Caminhadas >
      • Peregrinação a Fátima, 2019, 8-12 de Maio >
        • Peregrinação a Fátima, 2016, 8-12 de Maio
      • Caminhadas 2016 - Lisboa
    • Laudato Si' 2019 - Meditação pela Criação >
      • Laudato Si' 2015 - Meditação pela Criação
    • Diálogo Inter-Religioso >
      • Dia Internacional da Paz - Meditação Inter-Religiosa pela Paz
    • AGENDA Atividades
  • RECURSOS
    • Biblioteca Partilhada
    • QUARESMA 2023 - Reflexões
    • QUARESMA 2022 - Reflexões >
      • QUARESMA 2021 - Reflexões
      • QUARESMA 2020 - Reflexões
      • QUARESMA 2019 - Reflexões
      • QUARESMA 2018 - Reflexões
      • QUARESMA 2017 - Reflexões
      • QUARESMA 2016 - Reflexões >
        • Retiro da Semana Santa 2016
      • QUARESMA 2015 - Reflexões >
        • Como aproveitar ao máximo
        • Evangelhos-Quaresma 2015
    • ADVENTO 2020 - Reflexões >
      • ADVENTO 2019 - Reflexões
      • ADVENTO 2018 - Reflexões
      • ADVENTO 2017 - Reflexões
      • ADVENTO 2016 - Reflexões
      • ADVENTO 2015 - Reflexões
    • LEITURAS SEMANAIS
    • LIVROS E MONOGRAFIAS
    • DVD's e CD's
    • JORNAL
    • DOCUMENTOS >
      • TESTEMUNHOS
  • CONTATOS
    • Receba in-formativos
  • DONATIVO

Reflexões para a Quaresma 2023


​LAURENCE FREEMAN OSB 

Receba os nosso In-formativos

Sexta-feira da Quarta Semana da Quaresma

24/3/2023

0 Comments

 
Picture


Sexta-feira da Quarta Semana da Quaresma
 
Há uns anos, eu costumava ter interessantes discussões com um monge budista da minha idade sobre a maneira como as ideias-chave que se encontram nas nossas respetivas tradições convergiam ou divergiam – ou ambas as coisas. Originalmente pensei que a ideia de amor e de metta seriam convergências. Não é o caso.
 
Metta é um dos “quatro imensuráveis” do budismo. Descreve amor-bondade altruísta, companheirismo e benevolência. Está intimamente ligado a outro dos imensuráveis, karuna, que geralmente é traduzido como compaixão. Para os budistas o contraste entre os dois é muito subtil. Eu só tenho uma página, então não entraremos em todas as discussões que tive com meu colega monge. O que me surpreendeu foi a veemência com que ele rejeitou a ideia cristã de amor como sendo equivalente a metta. Para ele, o amor sugeria uma forma de apego, com todas as seduções, armadilhas e artimanhas de eros: controlo, possessividade e, tristemente, a inevitável perspetiva de maior e mais profundo sofrimento. Você deve ter conhecido pessoas que declaram que "nunca mais se vão apaixonar", como a música pop dos anos sessenta proclamava. Pelo menos até que aconteça.
 
Eu consegui ver o ponto de vista dele e por isso também falámos sobre os outros significados do amor no pensamento cristão. Mas ele nunca aceitou que o amor pudesse ser uma tradução de metta porque continha demasiado eros. Eros, claro, não é mau: pelo menos o Papa Bento XVI não pensava que fosse na sua primeira encíclica sobre o tema de 1 Jo 4,16 (“quem ama vive em Deus e Deus nele”). O Papa defendeu a necessidade de integrar eros na definição de “Deus é amor”. Nietzsche é claro disse que o cristianismo encontrou eros como um deus e o sintonizou como um demônio. Ele também tinha alguma razão.
 
Talvez um dos maiores desafios que o Cristianismo enfrenta hoje seja fazer entender a sua compreensão do amor de forma direta - isso incluiria compreender porquê a pena de morte do parlamento do Uganda por se expressar amor gay é tão completamente não-cristã. Esta tarefa envolve muita reflexão, mas a reflexão também exige muita contemplação. Somente na contemplação o significado pleno de ‘Deus é amor’ pode ser sentido, saboreado e experienciado. No estado contemplativo da mente, nós descobrimos que somos amados e essa é a descoberta da nossa fonte, o nosso verdadeiro eu e o mistério de ser em si. É dolorosamente não sentimental e explosivamente libertador.
 
Meu irmão monástico, que mais tarde se apaixonou e se casou, ajudou-me a entender como devemos usar a palavra amor. Ao mesmo tempo a ambiguidade entre o amor da cantiga pop e do Cântico dos Cânticos e da primeira carta de São João é maravilhosamente potente também. Isso nos dá um entendimento profundo das mais dolorosas situações humanas, especialmente em tribunais de divórcio e julgamentos de assassinato, quando aqueles que antes se tinham apaixonado, literalmente tinham caído no amor vieram depois a cair tão cruel e destrutivamente fora do amor.
 
Certamente, então, quando eros colapsa, todas as forças de metta, karuna, koinonia (companheirismo) e agape (a principal palavra cristã para amor) precisam ser trazidas para prevenir o pior e reparar o que está quebrado.




Laurence Freeman


​​Reflexões para a Quaresma 2023 - LAURENCE FREEMAN OSB 
​

Comunidade Mundial para a Meditação Cristã - Portugal 
Site: http://www.meditacaocrista.com/ 
Facebook: https://www.facebook.com/meditacaocristaportugal

YouTube: https://www.youtube.com/user/meditacaocristaTv

======

Friday Lent Week Four
 
Some years ago, I used to have interesting discussions with a Buddhist monk about my age about the way the key ideas found in our respective traditions either converged or diverged – or both.  I originally thought that the idea of love and of metta would be convergences. Not so.
 
Metta is one of the ‘four immeasurables’ of Buddhism. It describes selfless loving-kindness, fellowship and benevolence. It is closely allied to another of the immeasurables, karuna, which is generally translated as compassion. For Buddhists the contrast between the two is very subtle. I only have a page so we won’t go into all the discussions I had with my fellow monk. What surprised me, was the vehemence with which he dismissed the Christian idea of love as being equivalent to metta. For him love suggested a form of attachment, with all the seductions, traps and tricks of eros: control, possessiveness and, sadly, the inevitable prospect of further and deeper suffering. You may have met people who declare they will ‘never fall in love again’ as the pop song of the sixties proclaimed. At least until they did
 
I could see his point and so we also spoke of the other meanings of love in Christian thought. But he never accepted that love could be a translation of metta because it had too much eros in it. Eros, of course, is not bad: at least Pope Benedict XVI didn’t think so in his first encyclical on the theme of 1 Jn 4:16 (‘whoever loves lives in God and God lives in him’). The Pope argued the need to integrate eros into the ‘God is love’ definition. Nietzsche of course said that Christianity found eros as a god and tuned him into a devil. He also had a point.
 
Perhaps one of the biggest challenges Christianity confronts today is to get its understanding of love straight – this would include understanding why the Ugandan parliament’s penalty of death for expressing gay love is so completely un-Christian. This task involves a lot of reflection, but the reflection also demands a lot of contemplation. Only in contemplation can the full meaning of ‘God is love’ be felt, tasted and experienced. In the contemplative state of mind, we discover that we are loved and that is the discovery of our source, our true self and the mystery of being itself. It is painfully unsentimental and explosively liberating.
 
My monastic brother, who later fell in love and got married, helped me to understand how we should use the word love. At the same time the ambiguity between the love of the pop song and the Song of Songs and the first letter of St John is wonderfully potent too. It affords us an insight into those most painful human situations, especially in divorce courts and murder trials, when those who have fallen in love have then fallen so viciously and destructively out of love.
 
Certainly, then, when eros collapses all the forces of metta, karuna, koinonia (fellowship) and agape (the main Christian word for love) need to be brought in to prevent the worst and to repair the broken.

0 Comments



Leave a Reply.

    WCCM Portugal

     ​ ​A nossa missão: 

    Divulgar e fomentar a prática da
    ​Meditação Cristã segundo os ensinamentos de 
    John Main no seio da tradição cristã, num espírito de serviço à união entre todos.

    Picture

    Histórico
    Anos anteriores
    Quaresma 2022
    Quaresma 2021

    ​Quaresma 2020
    ​​Quaresma 2019
    ​Quaresma 2018

    Quaresma 2017
    Quaresma 2016
    Quaresma 2015

    April 2023
    March 2023
    February 2023

    Leitura Sagrada
    ​
    Evangelho Quotidiano

    Bíblia Sagrada
    ​
    ​Liturgia das Horas
    Picture

    Categories

    All

    RSS Feed

Powered by Create your own unique website with customizable templates.